Pessoas desconhecidas, barulhos urbanos, consultas veterinárias e até a chegada de visitas em casa podem ser momentos de tensão para os animais.
Quem tem um pet em casa sabe que, assim como os humanos, cães e gatos também precisam aprender a lidar com o mundo ao redor.
Pessoas desconhecidas, barulhos urbanos, consultas veterinárias e até a chegada de visitas em casa podem ser momentos de tensão para os animais, especialmente para aqueles que não tiveram uma socialização adequada nos primeiros meses de vida.
O processo de socialização é justamente a etapa em que o animal aprende a conviver de forma equilibrada com diferentes estímulos. Para os filhotes, essa fase acontece de maneira mais intensa, mas isso não significa que adultos estejam excluídos.
Animais resgatados, por exemplo, muitas vezes precisam reaprender a confiar em pessoas e situações do dia a dia.
É nesse cenário que os petiscos deixam de ser apenas um agrado e passam a ocupar papel estratégico. Usados de forma correta, eles ajudam a transformar experiências desafiadoras em memórias positivas e fortalecem a relação entre tutor e animal.
“Animais resgatados, por exemplo, muitas vezes carregam marcas de experiências negativas e precisam reaprender a confiar em pessoas e em ambientes diferentes. Para esses pets, cada pequeno avanço pode representar uma conquista enorme, e o papel do tutor é justamente conduzir essa adaptação de forma gradual, respeitosa e positiva”, explica a veterinária Bruna Isabel Tanabe.
Reforço positivo em ação
Segundo especialistas, a lógica é simples: quando o animal vivencia algo novo e recebe um petisco, ele associa aquela situação a uma experiência prazerosa.
Isso ajuda a reduzir medos, reforçar comportamentos desejados e construir confiança.
“Essa associação é fundamental para que o pet desenvolva respostas equilibradas a estímulos variados. Um filhote de cão que recebe um snack ao encontrar outra pessoa, por exemplo, passa a entender que esse contato é algo bom. Um gato que é recompensado ao se aproximar calmamente de um visitante pode aprender que a presença de estranhos não representa ameaça”, detalha Bruna.
Nos passeios ao ar livre, por exemplo, recompensar o pet quando ele reage bem a barulhos ou situações urbanas ajuda a tornar o momento mais seguro e menos estressante. Em locais movimentados, como praças ou pet shops, os snacks podem incentivar a convivência harmoniosa com outros animais.
“Os encontros e a aproximação devem ser graduais e quando o cão se aproximar do outro pet sem sinais de tensão, o tutor pode oferecer snacks a ambos. Isso cria uma associação positiva”, completa a veterinária.
Confiança construída no dia a dia
Situações que geralmente causam estresse, como idas ao veterinário ou a chegada de visitas em casa, também podem se tornar mais leves com a ajuda de petiscos.
Recompensar o animal nesses momentos faz com que ele perceba o ambiente ou a presença de estranhos de forma mais amigável.
“Pets que passaram por abandono ou maus-tratos podem ter medo de pessoas, por isso, é preciso ajudá-los a ressignificar essas experiências. Pequenos gestos, como estender a mão com um snack, permitindo que o animal se aproxime por vontade própria, é uma atitude que transmite segurança e reforça a confiança do animal”, afirma Bruna.
Paciência
Apesar de serem aliados importantes, os snacks não fazem milagres sozinhos. O tutor precisa respeitar o tempo do animal e nunca forçar situações que possam gerar medo ou ansiedade.
Para Bruna, o segredo está no equilíbrio: quando usados de forma consciente, os petiscos não são apenas recompensas, mas pontes de confiança.
Eles transformam momentos de tensão em experiências prazerosas e ajudam cães e gatos a interagirem de forma mais segura e saudável com o mundo ao seu redor.
(Com informações do iG)
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