"Redes de ódio" se espalham entre crianças e adolescentes


Especialistas apontam caminhos a fim de conter a violência on-line infantojuvenil. Soluções exigem trabalho multidisciplinar



Desafios mortais, aliciamento de menores, grupos de ódio e violência extrema. Crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes se intensificam no Brasil, com dinâmicas que ocorrem em tempo real e se espalham por plataformas pouco monitoradas. Diante da lentidão do poder público em estruturar legislações e canais eficazes de denúncia, especialistas apontam medidas práticas que podem — e devem — ser adotadas por famílias, escolas e sociedade civil.

As soluções passam por envolvimento ativo dos pais, programas educacionais dentro das escolas, maior vigilância emocional e afetiva sobre os jovens, além do fortalecimento das políticas de responsabilidade das plataformas digitais. O cenário é urgente, e os especialistas são categóricos: o enfrentamento à violência virtual precisa ser coletivo, multidisciplinar e imediato.

professora de direito civil Ana Frazão, da Universidade de Brasília (UnB), aponta que o enfrentamento exige uma ação conjunta entre famílias, sociedade e as próprias plataformas tecnológicas. "Os pais precisam desenvolver o que eu chamo de cidadania digital, a fim de que entendam quais são os riscos dos meios digitais e, portanto, possam exercer o devido dever de vigilância sobre os seus filhos", afirma.

Ela defende que as big techs devem ser responsabilizadas judicialmente, especialmente porque existem dados que evidenciam riscos para o público mais novo. "Essas plataformas são prestadoras de serviço. Aplica-se a elas o Código de Defesa do Consumidor. Portanto, não dá para dizer que elas não têm nenhuma responsabilidade. Temos também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que impõe a todos um dever de cuidado em nome do que chamamos de princípio do melhor interesse da criança", diz.

Frazão explica que as plataformas querem se isentar da responsabilidade, baseados "a partir de uma interpretação equivocada do artigo 19 do Marco Civil da Internet", que exige ordem judicial prévia e específica de exclusão de conteúdo para a responsabilização civil de provedores, websites e gestores de redes sociais por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros.

Na mesma linha, a advogada Giovanna Pieralli, especialista em proteção de dados, destaca a importância da mediação em casa e na escola. "A família como educador primário é essencial. Crianças e adolescentes aprendem muito por repetição e por visualização. Esse modelo de uso saudável da tecnologia tem que vir do núcleo familiar", aponta.

Giovanna Pieralli defende o papel educativo das escolas. "É preciso promover campanhas educacionais, trazer especialistas para palestras, fomentar um ambiente seguro de escuta e oferecer canais de denúncia dentro do ambiente escolar. Educação e conscientização são medidas indispensáveis", diz.

Segundo a pesquisadora Michelle Prado, fundadora da ONG Stop Hate Brasil, o país falha em não realizar campanhas nacionais e não emitir alertas públicos antecipados sobre tendências perigosas. Ela elaborou dezenas de relatórios, que são públicos, ressaltando a preocupação com o tema. "O desafio do desodorante, que vitimou uma menina em Brasília, circula há mais de um ano. Eu alertei diversos ministérios. O FBI emitiu comunicado sobre isso. O Brasil, não", denuncia.

Ela critica a ideia de que apenas uma regulamentação seria suficiente. "Só a regulamentação não é bala de prata. É preciso um conjunto de ações, que vão desde inteligência, segurança pública, educação, plataformas. É uma abordagem que precisa ser tratada como política de saúde pública", argumenta.

Diálogo e atenção

A psicóloga Carol Freitas reforça a importância da participação ativa da família, não apenas no cotidiano escolar, mas também nas experiências digitais das crianças e adolescentes. "É importante que os pais estejam presentes na vida on-line dos filhos, participem das vivências, perguntem, criem vínculos de confiança e incentivem o senso crítico. É preciso ser próximo, conversar, brincar, fazer o papel de pai e mãe, literalmente falando. Assim, a criança poderá reconhecer quando algo está fora do normal e alertar os responsáveis", orienta.

A especialista alerta para sinais comportamentais que podem indicar situações de risco como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, ansiedade, interesse excessivo em jogos digitais, desafios on-line ou redes sociais. "Tudo isso é sinal de alerta. Além disso, também tem a questão de sentir um medo excessivo ou um comportamento agressivo, também é um sinal de alerta de que há alguma coisa errada. Os pais e professores precisam estar atentos e alinhados", aponta.

A pesquisadora Lia Beatriz Torraca, pós-doutoranda no Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), destaca a centralidade das relações afetivas no ambiente digital. Segundo ela, o enfrentamento passa pela construção de vínculos reais. Ela destaca o controle do uso de celular nas escolas como um avanço importante.

"A proibição do uso de celulares em sala de aula, por exemplo, ajuda as famílias no controle, pois é um primeiro passo para impor limites. Mas é preciso mais. Precisamos tirar os jovens do quarto, do isolamento, e reinseri-los no mundo afetivo. Falta aproximação, cuidado e presença real", afirma.

(Com informações do Correio Braziliense)

#ARTIGO_SEMANAL_EM_17_04_2025

NOS 100 DIAS DO 4° MANDATO DO GESTOR MUNICIPAL DE MARACANAÚ MAIOR DESTAQUE É NEGATIVO COM MAIS DE 90% DA POPULAÇÃO DETONANDO O QUE ESTÁ VENDO ATÉ AGORA, EM 2025; ESPELHO DE UM GRUPO POLÍTICO SUPER DESGASTADO QUE A MAIORIA DA POPULAÇÃO GOSTARIA DE VÊ-LO DISTANTE DA PREFEITURA

A história mostra que uma gestão que passa muito tempo no poder está fadada ao fracasso. Em se tratando da gestão pública, muita gente vai ser sacrificada por isso. Depois de mandatos acumulados de um grupo político acaba que é muito difícil de em mais um mandato que completa 100 dias de gestão que poderia ser de muitas coisas boas e satisfação a ser compartilhada pela a população, o que terá é um descontentamento enorme, em que a população não dispensa nem as redes sociais da prefeitura. A maioria e com muitos motivos para isso acaba detonando a publicação da prefeitura se vangloriando pelos 100 dias de mais um mandato. O que se o grupo que está no poder tivesse vergonha na cara, não mais faria o que se possa imaginar para ganhar mais uma eleição e querer se perpetuar no poder, mesmo sendo rejeitado pela a maioria da população. Percebe-se que quem não é competente, não é empático, humano, ético, altruísta, nunca vai mudar na gestão pública. Vai é cada vez mais fazer de tudo para ganhar eleição. Como também continuar não atendendo a população no que mais ela necessita e deseja. Levando em conta o que as áreas essenciais da gestão deve disponibilizar as pessoas. Que em vez de mudar e se tornar uma gestão mais realizadora, acaba cada vez mais estagnado a vida das pessoas e da cidade. Que pode demorar a população a se sobressair nessa situação. Sendo necessário a população detonar muito a má gestão, o que sempre acontece. Porque não tem como ficar calado com o malfeito. Por isso, em Maracanaú, ao completar 100 dias do 4º mandato do chefe do grupo político que se perpetua no poder, o que se destaca é a postagem das lamentações, para não dizer o muro das lamentações. Pois a população é inteligente. Sabe que é um momento oportuno para se chamar muito atenção. Num momento que os governantes esperam ser reconhecidos e aplaudidos, mas não tem jeito, com o tempo, a população vai detonar muito, não livrando nem as redes sociais da prefeitura. O que acaba sendo muito bom, por um lado, porque a maioria da população logo logo vai perceber a realidade e como se faz necessário mudar isso. A grande  mudança cada vez mais está se fortalecendo e é só questão de tempo para um novo ciclo na gestão municipal de Maracanaú? MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos. 







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