Veja algumas hipóteses para explicar este fenômeno
O número de roubos e furtos de celulares caiu quase 5% em 2023, na comparação com o ano anterior, segundo um levantamento feito pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) publicado na quinta-feira (18).
A pesquisa também mostra que o número de furtos de aparelhos celulares (subtração do item sem agressão) superou pela primeira vez o número de roubos de telefones (quando há grave ameaça ou violência). Veja algumas hipóteses para explicar este fenômeno.
O que explica mais furtos e menos roubos?
O crescimento do número de furtos e a redução de roubos de celulares podem estar ligados ao fato de a pessoa que pratica o crime querer se colocar menos em perigo. "O roubo tem uma pena maior [4 a 10 anos; no caso de furto, é de 1 a 4 anos]. E, por ele ser feito também com grave ameaça, como arma de fogo e faca, existe a possibilidade de a polícia pegar, colocar na cadeia e imputar uma pena maior. O furto, por sua vez, é sem que a vítima perceba o que está acontecendo, então não tem a possibilidade de reação dela", explica Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O furto facilita o cometimento de outros crimes, principalmente se o celular for pego desbloqueado. Com acesso ao aparelho, é possível fazer transações bancárias, compras, entre outros.
No furto, pode ser mais fácil obter o celular desbloqueado do que no roubo. No roubo, o criminoso tem de pedir a senha; no furto, se o celular estiver desbloqueado, ele não vai ter de pedir senha nenhuma. Furtos podem ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa mexe no celular na rua e tem o aparelho subtraído por alguém que passa de bicicleta.
O roubo envolve uma grave ameaça, como uma arma. Enquanto no furto, por exemplo, o cara da bicicleta pega o telefone desbloqueado e consegue fazer várias transações, como compra de comida em apps, e até acessar o aplicativo de banco.
Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O que aconteceu
Em 2023, houve 937.294 ocorrências relacionadas aos crimes de furto e roubo de celulares no país —o que dá quase 2 celulares subtraídos por minuto. No ano passado, houve 4,7% menos ocorrências do que no ano anterior.
De todas essas ocorrências:
▪︎ 494.295 foram furtos em 2023 (contra 490.771 em 2022)
▪︎ 442.999 foram roubos em 2023 (contra 492.205 em 2022)
Segurança digital
Falta para muita gente conhecimento básico de segurança digital para dificultar o trabalho dos criminosos, diz Alcadipani. "Tem gente que não tem autenticação em dois fatores, coloca senha fácil para desbloqueio do celular e ainda tem uma nota com todas as senhas escritas. Se essa vítima tem R$ 20 mil investidos, ela perde tudo rapidamente, pois os ladrões sabem onde buscar essas informações."
[Os celulares] São a porta de entrada mais fácil do crime organizado para uma série de outras modalidades delituosas que financiam o poder das organizações criminosas, a exemplo dos estelionatos e golpes virtuais.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública
Depois do roubo ou furto, os celulares são usados de diferentes formas:
▪︎ Receptadores compram celulares roubados e furtados;
▪︎ Há tentativa de fraudes bancárias e golpes a partir da invasão do aparelho e obtenção de dados pessoais;
▪︎ Revenda de peças no mercado irregular de celulares;
▪︎ Extravio de celulares sobretudo para países africanos, onde o bloqueio brasileiro não tem efetividade.
O relatório diz que a modalidade se tornou lucrativa para o crime organizado e que "o enfrentamento a esse delito passa pelo aprimoramento da investigação e da cooperação de esforços entre Polícia Civil e Judiciário". A entidade cita como exemplo o que ocorre no Piauí, onde uma parceria entre polícia e o Judiciário busca devolver telefones subtraídos. Isso, na prática, fez com que houvesse redução de roubos no estado.
Quando e onde acontecem os crimes
Os roubos costumam ocorrer quando as pessoas estão saindo de casa (entre 5h e 7h) e quando estão voltando (entre 18h e 22h), em dias úteis (entre segunda e sexta). O local mais comum para ocorrer este delito é em vias públicas (78% dos casos).
Os furtos são mais frequentes entre 10h e 11h, e entre 15h e 20h. A maior parte das ocorrências (35%) é no fim de semana. Os locais onde costumam acontecer crimes dessa modalidade são vias públicas (44%) e estabelecimentos comerciais/financeiros (14%).
E os celulares mais roubados?
O levantamento do anuário mostra que, em ordem, as marcas mais roubadas ou furtadas foram:
▪︎ Samsung: 37,4%
▪︎ Apple: 25%
▪︎ Motorola: 23,1%
▪︎ Xiaomi: 10%
A Samsung é líder do mercado, então é comum que lidere o ranking de roubos e furtos. No entanto, em segundo lugar entre os celulares mais furtados ou roubados, vem a Apple —que é a quarta empresa com maior participação de mercado no Brasil.
A Motorola, por sua vez, é a terceira em roubos e furtos, mas a segunda em participação no mercado de celulares.
O anuário diz que isso "implica que usuários da Apple, talvez por ser uma marca com aparelhos mais caros, correm mais riscos de serem vítimas de roubos e furtos de celular em relação a outras marcas".
Quais cidades têm mais roubo proporcionalmente?
A pesquisa procurou dar uma perspectiva dos locais onde há mais roubo ou furto proporcionalmente. Para isso, a entidade fez um recorte para cidades com 100 mil habitantes ou mais.
▪︎ Manaus (AM) - 2096,3 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Teresina (PI) - 1866 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ São Paulo (SP) - 1781,6 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Salvador (BA) - 1695,8 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Lauro de Freitas (BA) - 1695,8 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Belém (PA) - 1643 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Macapá (AP) - 1425,7 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Olinda (PE) - 1423,8 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Ananindeua (PA) - 1400,6 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes
▪︎ Recife (PE) - 1292,7 celulares subtraídos para cada 100 mil habitantes.
(Com informações do UOL)
#Artigo_Semanal_em_22_07_2024
POR QUE QUASE DUAS DÉCADAS SE PASSARAM E BAIRROS PERIFÉRICOS DE MARACANAÚ CONTINUAM COM A MAIORIA DAS RUAS, SUJAS, ESBURACADAS, SEM ASFALTO E MUITAS NEM CALÇAMENTO TEM?
Numa Cidade Polo Industrial que mais arrecada em um Estado, que é destaque na Economia Nacional, isso não é suficiente para atender a população que mais necessita dos serviços públicos básicos, que tem direito assegurado pela Constituição Federal de 1988. Pode existir uma super arrecadação, mas se um grupo político não for capaz para administrar um Município, a população vai continuar sofrendo muito enquanto não vim um novo ciclo na gestão municipal. Percebe-se que o grupo mesmo não fazendo por merecer, diante desse contexto, só demora muito tempo no poder quando age de forma para não perder uma eleição tão cedo. Que as pessoas sabem o que acontecem. Indignadas começam a se unirem para um dia realizar a grande mudança. Encerrando um ciclo que dura cerca de 20 anos. Não tem justificativa o tratamento desumano que uma Prefeitura dar aos residentes nos bairros periféricos. Por que a gestão tem que priorizar quem mais necessita o básico para viver dignamente. Quem vive onde as ruas não são asfaltadas e limpas se deparam com muitos problemas, no cotidiano. Pois a população adoece constantemente e vai sofrer muito mais, devido a saúde municipal também ser um caos. A população também vai ter dificuldade na sua mobilidade diária. Mais ainda quando o transporte público não circula em muitas ruas evitando ter muitos problemas nos veículos. A população não vai ter a devida iluminação pública, que reduz a insegurança, que nessas ruas a Companhia Elétrica não ilumina da mesma forma como nas ruas bem estruturadas. A população juvenil não terá um espaço digno para as sensacionais brincadeiras de rua, tão importante para o seu desenvolvimento físico, psíquico e sua socialização. A população idosa não poderá circular da forma devida e nem manter a tradição de estar muito bem no bate papo das calçadas que tudo isso faz muito bem para a saúde. Acaba sofrendo muito mais, ao adoeceram mais rápido e nem os remédios básicos gratuitos conseguem receber o tanto que precisa, nas Unidades de Saúde. ENFIM, EM MARACANAÚ, A GESTÃO QUE SE PERPÉTUA HÁ CERCA DE 20 ANOS NA PREFEITURA MERECE FICAR MAIS QUANTOS ANOS NO PODER PARA VER SE AINDA APRENDE A GOVERNAR UMA CIDADE?
MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos.
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