Conferência Internacional das Favelas discute direitos e desafios das periferias

Promovido pela Central Única das Favelas (Cufa), o evento ocorreu em um Centro Comunitário, reunindo autoridades, líderes comunitários e moradores de diferentes bairros


A redução da desigualdade social, a sustentabilidade, os direitos humanos e os desafios enfrentados pelas periferias nortearam a fala dos convidados na 1ª Conferência Internacional das Favelas, realizada neste sábado (27), em Caxias do Sul.


Promovido pela Central Única das Favelas (Cufa), o evento ocorreu no Centro Comunitário do bairro São Vicente, reunindo autoridades, líderes comunitários e moradores de diferentes bairros da cidade.


A presidente da Casa Anjos Voluntários de Caxias, Isamar Ordovás Sartori, abriu os debates falando que a redução da desigualdade social deve ser uma preocupação de todos e que combatê-la passa, inicialmente, por uma reflexão interna:


— Precisamos começar a ver o que me incomoda dentro da minha casa, na escola do meu filho, no meu bairro.


Isamar ainda acrescentou que, para diminuir as diferenças na sociedade, é preciso empoderar as comunidades, fortalecer as associações de bairro, oferecer acesso à tecnologia de qualidade às crianças e jovens, bem como promover círculos de paz. 


Líder comunitário reconhecido na Zona Norte de Caxias, Marciano Correa da Silva, 80 anos, usou o espaço para destacar a importância de os jovens da periferia terem acesso à educação e ao trabalho:


Eu não estudei. Fui expulso da escola, quem me ensinou foi o mundo. Tem que dar oportunidade para os jovens trabalharem — recomendou.


Já a professora Jane Marta Cecconello, da Escola Professor Clauri Alves Flores, provocou os participantes a pensar quais medidas estão tomando para tornar a comunidade onde vivem mais sustentável.


— A sustentabilidade, de maneira geral, é o consumo aliado à conservação do meio ambiente. Mas o que eu estou fazendo para que o local onde moro seja mais sustentável? O que eu estou fazendo com o lixo da minha casa? Existem grupos voltados à geração de renda? — questionou.


Encontro vai gerar relatório

Ainda neste sábado, os organizadores do encontro transformarão as ideias e as conversas obtidas com os participantes em um relatório, que será apresentado, posteriormente, em nível estadual e nacional.


A edição em Caxias integra um cronograma de atividades. Já ocorreram etapas municipais em Esteio, Guaíba, Montenegro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Frederico Westphalen, Pelotas e Alvorada. No sábado, além de Caxias, ocorrerá uma edição em Canoas e outra em Santa Maria. No dia 31, Porto Alegre será a última cidade gaúcha a receber o debate.


Já no dia 24 de agosto está prevista a conferência estadual do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O encontro reunirá representantes de diversas favelas gaúchas, além de autoridades e especialistas, com o intuito de elaborar um documento que será apresentado na conferência nacional, que será realizado em novembro, mas sem data e local definidos.


A ideia é que o processo seja levado em consideração nas decisões do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. O primeiro encontro ocorreu no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em abril.


— Se todos os problemas são globais, as soluções também precisam ser globais — finalizou o rapper e ativista Chiquinho Divilas, um dos coordenadores da Cufa na Serra.


(Com informações do GZH)


#Artigo_Semanal_em_22_07_2024

POR QUE QUASE DUAS DÉCADAS SE PASSARAM E BAIRROS PERIFÉRICOS DE MARACANAÚ  CONTINUAM COM A MAIORIA DAS RUAS, SUJAS, ESBURACADAS, SEM ASFALTO E MUITAS NEM CALÇAMENTO TEM?

Numa Cidade Polo Industrial que mais arrecada em um Estado, que é destaque na Economia Nacional, isso não é suficiente para atender a população que mais necessita dos serviços públicos básicos, que tem direito assegurado  pela Constituição Federal de 1988. Pode existir uma super arrecadação, mas se um grupo político não for capaz para administrar um Município, a população vai continuar sofrendo muito enquanto não vim um novo ciclo na gestão municipal. Percebe-se que o grupo mesmo não fazendo por merecer, diante desse contexto, só demora muito tempo no poder quando age de forma para não perder uma eleição tão cedo. Que as pessoas sabem o que acontecem. Indignadas começam a se unirem para um dia realizar a grande mudança. Encerrando um ciclo que dura cerca de 20 anos. Não tem justificativa o tratamento desumano que uma Prefeitura dar aos residentes nos bairros periféricos. Por que a gestão tem que priorizar quem mais necessita o básico para viver dignamente. Quem vive onde as ruas não são asfaltadas e limpas se deparam com muitos problemas, no cotidiano. Pois a população adoece constantemente e vai sofrer muito mais, devido a saúde municipal também ser um caos. A população também vai ter dificuldade na sua mobilidade diária. Mais ainda quando o transporte público não circula em muitas ruas evitando ter muitos problemas nos veículos. A população não vai ter a devida iluminação pública, que reduz a insegurança, que nessas ruas a Companhia Elétrica não ilumina da mesma forma como nas ruas bem estruturadas. A população juvenil não terá um espaço digno para as sensacionais brincadeiras de rua, tão importante para o seu desenvolvimento físico, psíquico e sua socialização. A população idosa não poderá circular da forma devida e nem manter a tradição de estar muito bem no bate papo das calçadas que tudo isso faz muito bem para a saúde. Acaba sofrendo muito mais, ao adoeceram mais rápido e nem os remédios básicos gratuitos conseguem receber o tanto que precisa, nas Unidades de Saúde. ENFIM, EM MARACANAÚ, A GESTÃO QUE SE PERPÉTUA HÁ CERCA DE 20 ANOS NA PREFEITURA MERECE FICAR MAIS QUANTOS ANOS NO PODER PARA VER SE AINDA APRENDE A GOVERNAR UMA CIDADE?

MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos. 

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