Entre as centenas de relatos de mulheres que vivem, em comum, uma relação permeada por agressões, uma pergunta é recorrente: é possível amar sem depender de alguém?
Uma busca rápida com o termo "relacionamento abusivo" no Facebook é capaz de trazer mais de 20 resultados de grupos de apoio e 50 páginas sobre o assunto. Entre as centenas de relatos de mulheres que vivem, em comum, uma relação permeada por agressões, uma pergunta é recorrente: é possível amar sem depender de alguém?
A psicóloga Talita*, 26, levou um ano e meio até conseguir responder afirmativamente a essa pergunta. Por isso, hoje, ela se dedica a atender mulheres que enfrentaram a dura experiência da dependência emocional. O mal, que pode evoluir para um transtorno psicológico, ainda é tratado como prova de amor. Aqui, ela relata o que viveu e joga luz para um tipo de violência.
"A gente se conheceu pelo Tinder, em 2015. Ele estava trabalhando na cidade onde eu moro, no interior de São Paulo. Ficamos juntos 11 meses, até ele voltar para a capital. Ele dizia que não assumiria um relacionamento à distância. Até que, antes de se mudar definitivamente, surpreendeu-me com um pedido de namoro.
Envolvida, aceitei. Tinha 24 anos, e esse era o meu primeiro relacionamento mais sério, daqueles que a gente apresenta para a família e compartilha todas as experiências. A gente costumava discutir. Achava normal. Relacionamento abusivo para mim era aquele que tinha agressão física. Ele nunca me bateu. Mas, para ele, eu estava sempre errada.
'Para discutir comigo, você precisa ter duas coisas em mente: a primeira, que estou sempre certo, e você, errada', dizia. Nunca mais me esqueci. Certa de que aquilo que sentia era amor, eu me doei ao máximo. Viajava a cada duas semanas para São Paulo. Comecei a procurar emprego na cidade dele, e fazia planos de me mudar definitivamente. Ele me 'recompensava' com frieza e inseguranças.
Para fazer um teste, decidi passar 15 dias morando com ele, depois de seis meses de namoro. Brigamos sem parar. Ele 'flertou' com uma amiga, frequentou um prostíbulo com os amigos e me deu sermões inesgotáveis. Mas era eu 'quem estava louca'. Por ele, eu me afastei de amigas, abandonei a minha essência e meus planos viraram os daquele que eu, perigosamente, apelidei de 'vida'. O que achava que fosse amor era, no fundo, dependência emocional.
E por que eu vivi um ano e meio nessa condição? Por não acreditar em mim mesma. Meu 'ex' era meu troféu. O cara que topou fazer o favor de estar ao meu lado. Muita gente enxerga a dependência emocional como prova de amor, eu também enxergava. Por diversas vezes, repeti frases como 'não vivo sem você', 'você é tudo para mim' e 'não sou nada sem você'.
Quando ele pediu um tempo, fiquei sem chão. Na terapia, afirmei sem titubear: falhei na missão de manter o meu relacionamento, a culpa era minha. Ele voltou a me procurar seis vezes seguidas. Insistiu em uma amizade que não tinha chance de acontecer.
Por fim, decidiu terminar. Passei a acompanhá-lo obsessivamente nas redes sociais. Construí um muro ao meu redor, com cerca elétrica e cão de guarda. Conhecer pessoas novas me dava pânico. O rompimento definitivo só aconteceu, cinco meses depois, graças a um sonho —um encontro com Iemanjá, que me pedia para entregar a ela os presentes que ele tinha me dado. Simbolicamente, molhei todos os pertences com água do mar e os descartei em uma lixeira. Coloquei ali o ponto final que precisava. Enfrentei e superei.
Dependência emocional é se anular enquanto pessoa. É ignorar as próprias vontades e colocar o outro em primeiro lugar. Tinha entregado de bandeja a minha felicidade a ele. Depois de me curar na terapia, entendi que se relacionar é encontrar alguém que te complemente e não que te complete. Preciso ser suficiente sozinha. Até porque, no final do dia, sou eu e a minha própria companhia."
* O nome da entrevistada foi trocado para preservar sua identidade.
(Com informações do UOL)
#ARTIGO_SEMANAL_EM_03_06_2024
EM TEMPO DE SÃO JOÃO DE MARACANAÚ, PREFEITURA CRIA UM "APARTHEID" EM MARACANAÚ; DE UM LADO O QUE SÓ VISITANTES PODEM VER: AVENIDAS RECÉM CONSTRUÍDAS E OS SETORES PRIVILEGIADOS DO EVENTO; DO OUTRO LADO, RUAS SUJAS E INTRAFEGÁVEIS EM TODOS OS BAIRROS, E MUITO ASSALTOS, EXPLORAÇÃO DA MAIORIA DO PESSOAL, QUE ESTÃO INDO PARA O SÃO JOÃO, COM BEBIDAS E COMIDAS COM PREÇOS ELEVADÍSSIMOS, ATÉ PARECENDO EVENTO PARTICULAR
Cada vez mais a população se depara com a falta de competência e interesse da gestão municipal em fazer o que é mais necessário e desejável, em Maracanaú. Ao mesmo tempo realizando mais só o que a elite da Prefeitura e seus amigos querem, como também o empresariado, em particular o do Distrito Industrial. A disponibilizar R$ dezenas de milhões para construção de avenidas e o evento do São João de Maracanaú cada vez mais caro. O TIME PROFISSIONAL DA CIDADE TAMBÉM QUE SÓ EM 2024, TEM PATROCÍNIO DA PREFEITURA NO VALOR DE MAIS DE R$ 2 MILHÕES, VALOR MAIOR QUE OS TIMES DO CEARÁ E FORTALEZA TIVERAM, DE PATROCÍNIO, DA PREFEITURA DE FORTALEZA. Muito dinheiro que está fazendo falta na infraestrutura de todos os bairros. Nestes locais, a população está sofrendo muito com ruas esburacadas, sujas que complicam cada vez mais o dia-a-dia de todo mundo. Não só ao trafegar nas ruas, mas também sendo afetadas com mais doenças, em um tempo em que a Prefeitura de Maracanaú não disponibiliza mais os medicamentos essenciais, nas Unidades de Saúde. Sem contar também com a continuidade da desvalorização dos funcionários públicos do Programa Qualifica que ainda continuam recebendo salários atrasados. Ainda não conseguiram ter todos seus direitos trabalhistas. Mesmo muitos que estejam neste programa são ligados a políticos. Estes conseguem que seus amigos e apoiadores consigam se dar bem no processo de seleção do Qualifica. Conseguindo ser aprovado mesmo não tendo muita qualificação, como denuncia os participantes do último processo seletivo. AGORA NA REDE SOCIAL DA PREFEITURA O QUE SE VER É UMA CIDADE FANTASIA E CADA VEZ MAIS TÊM COMENTÁRIOS DE REPROVAÇÃO, DA POPULAÇÃO QUE NÃO QUER MAIS DAR MAIS CHANCE AO GRUPO QUE AÍ ESTAR, TRABALHAR DIREITO, AO PERCEBER QUE NÃO SERVE MAIS, JÁ QUE SÓ PIORA OS SERVIÇOS PÚBLICOS MARACANAUENSES. MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos.
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