Como consumir adoçante? Conheça as opções mais indicadas e alternativas naturais

Especialista recomenda que se tente consumir o mínimo possível de adoçante e se busque acostumar com o paladar mais azedo e amargo dos alimentos e sucos

O debate sobre consumo de adoçantes voltou a se arrefecer após decisões recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS). O órgão desencorajou o uso da substância, seja os sintéticos ou artificiais, conhecidos como NSS, para controle o peso e, mais recentemente, indicou que o aspartame deve ser declarado como possível carcinógeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc). 


Mas afinal, o consumo de adoçante pode trazer prejuízos a saúde? A nutricionista clínica, especializada em saúde da mulher, Fabiana Fontes, revela que alguns estudos mostram a associação do consumo aumentado de adoçantes como sacarina sódica, aspartame, ciclamato e sucralose com riscos cardiovasculares, aumento de diabetes tipo 2 e hipertensão. 


“Para as pessoas que não são diabéticas, o organismo, com o consumo regular de adoçante pode reduzir a capacidade do corpo tolerar a glicose e prejudicar a microbiota intestinal (redução das bactérias do bem, intestinais)”, explica. 

A profissional recomenda que se tente consumir o mínimo possível de adoçante e se busque acostumar com o paladar mais azedo e amargo dos alimentos e sucos. Em casos que é realmente se faz necessário utilizar a substância, ela indica, no máximo, cinco gotas do adoçante líquido ou duas unidades do sache por dia. “Cuidado com os alimentos diets e light que muitas vezes também contém adoçantes”, alerta. 

EXISTE ADOÇANTE MAIS SAUDÁVEL? 


Dos diversos tipos de adoçantes disponíveis no mercado, Fabiana destaca que existem algumas opções que são mais indicadas. Entre elas está o stévia, que é natural. O xilitol é outra sugestão da profissional, porém ela lembra que “para algumas pessoas que possuem síndrome do intestino irritável ou o intestino mais sensível o xilitol, sorbitol ou manitol são péssimas opções. Por isso o cuidado com os tipos de adoçantes escolhidos”. 

ALTERNATIVAS


Para quem busca opções mais saudáveis de adoçar as refeições, a nutricionista sugere utilizar uvas-passas ou damasco em bolos, por exemplo. “Outra saída é acrescentar a banana madura em vitaminas e iogurtes para adoçar, mas se for um café ou suco, por exemplo, use pouco de mel de abelhas ou agarve, ou rapadura, ou açúcar mascavo, sempre controlando a quantidade. E essas últimas opções, claro são para pessoas que não são diabéticas”. 

EMAGRECIMENTO 


Já quem utiliza o adoçante como uma estratégia nas dietas que visam o emagrecimento, a especialista defende a tese de que não é uma boa opção. Ela afirma que o ideal seria reduzir o consumo calórico de outras formas, como consumir mais saladas, substituir por alimentos desnatados ou reduzir frituras. 

“Não é porque você reduziu pequenas calorias usando adoçante que você vai emagrecer, existem estratégias mais saudáveis, melhores e muito mais eficientes que meramente usar adoçante. Isso não é garantia e nem estratégia para emagrecer”, defende. 

ADOÇANTE PARA DIABÉTICOS


Já para as pessoas diagnosticadas com diabetes, o uso de adoçantes é uma estratégia interessante, segundo a profissional. Ela lembra, no entanto, que é necessária muita moderação e, se possível, sempre reduzir o consumo dele e se educar nutricionalmente. 

(Com informações do Diário do Nordeste)



Comentários