Pacatuba: De 'bengalada' em Sarto a quebra-quebra em motel: veja escândalos do Prefeito que recebeu voz de prisão há 4 dias

Sob escolta policial, ainda está hospitalizado. Recentemente, prefeito de Pacatuba foi alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro na cidade



De fala erudita, mas "pavio curto", Carlomano Marques (MDB) é uma das figuras políticas que acumula vitórias e desgastes ao longo dos seus 35 anos de vida pública. Médico de formação, iniciou a carreira pública aos 34 anos, em 1988, ao ser eleito vereador de Fortaleza.


Depois disso, foi sete vezes deputado estadual até ser eleito prefeito de Pacatuba pela primeira vez, em 2016. Agora, em seu segundo mandato, acabou sendo afastado do comando da cidade por 180 dias, após ser alvo de mandado de prisão em uma investigação que apura lavagem de dinheiro da administração.


Foi em sua passagem pela Assembleia Legislativa do Ceará, no entanto, que os principais escândalos envolvendo o gestor de Pacatuba começaram a ocorrer. Quando parlamentar, ele protagonizou embates com colegas favoráveis e contrários ao Governo Estadual. Apresentava-se como independente, mas tal hora flanava entre base e oposição. Para colegas de tribuna à época, Carlomano era um "sobrenadante de governos" — flutuava ao redor das gestões, nunca tão longe, para ter pleitos atendidos.


Bem votado e um excelente orador, quando resolvia apoiar o Governo, era um dos melhores na tribuna para defender pautas e projetos da gestão. Quando saía da situação, críticas "eruditas" também chegavam. Em várias sessões, era recorrente sua presença no Primeiro Expediente, independente de qual fosse o tema.


'BENGALADA' EM SARTO


Apesar de ser bom de fala, às vezes era o bate-boca e a troca de farpas que o dominavam. Foi numa dessa, inclusive, que ele acabou jogando sua bengala "nos peitos" do hoje prefeito José Sarto (PDT), à época deputado estadual, como relembram colegas da Casa que preferiram não se identificar.


O episódio ocorreu em novembro de 2007, quando Carlomano interrompeu uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia aos gritos. Na ocasião, ele disse que iria renunciar à vaga no colegiado porque não iria ser comandado por um "canalha", em referência a José Sarto, que presidia a CCJ. Sarto respondeu, e os "insultos mútuos" continuaram enquanto os dois estavam separados por uma mesa. Em meio ao bate-boca, Carlomano joga sua bengala para "pegar nos peitos de Sarto", mas o objeto não o atingiu, conforme relatam colegas da época.


Espantados com o nível que chegou a discussão, deputados e assessores que participavam da reunião levantaram para "apartar" e evitar que os dois chegassem às vias de fato.


Em meio ao bate-boca, Carlomano Marques lembrou que conhecia Sarto desde o tempo em que ambos eram da Câmara Municipal de Fortaleza e, por isso, os dois se conheciam bem. Depois do episódio, o então governador Cid Gomes precisou acalmar os ânimos de seus aliados para que sua base não rachasse. À época, ele pediu que Sarto não abrisse uma representação no Conselho de Ética da Assembleia contra Carlomano.


Depois de um tempo, o episódio foi superado. Nas redes sociais, em 2021, Carlomano postou uma foto com Sarto, onde o chama de "amigo".


A assessoria do prefeito de Fortaleza foi procurada para comentar o caso, mas preferiu não se pronunciar sobre o assunto.


QUEBRA-QUEBRA EM MOTEL


Um outro episódio polêmico na vida de Carlomano Marques foi o "quebra-quebra" que o então parlamentar causou em um motel de Fortaleza, em janeiro de 2009. O fato ocorreu no antigo "Tantra Motel", que ficava próximo à Assembleia Legislativa, na Av. Gov. Raul Barbosa.


Estava quase amanhecendo, quando uma equipe da Polícia Militar foi acionada para ir ao local porque um cliente estaria quebrando vários objetos em uma das suítes. Ao chegarem ao motel, os policiais viram que tratava-se do então deputado Carlomano Marques.


A irmã do parlamentar, a médica Maria Magaly Marques, foi chamada ao local. Ela se comprometeu a pagar todo o prejuízo, o que fez o estabelecimento desistir de prestar queixa. Não se sabe, no entanto, o que teria causado o episódio de fúria no então parlamentar.


CONDENAÇÃO TRE-CE


Em 2012, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) chegou a condenar Carlomano Marques por captação ilícita de sufrágio, também conhecida como compra de voto, nas eleições de 2010. A compra de votos estaria sendo mediada pela sua irmã Magaly, que oferecia consultas grátis no comitê de Carlomano em troca de votos. Ele recorreu da decisão e concluiu o seu mandato como deputado.


OPERAÇÃO POLÍMATA


O escândalo mais recente envolvendo Carlomano Marques ocorreu na última terça (18). Agora, o episódio o afetou como prefeito de Pacatuba. Na terça, o Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou a operação Polímata, que apura lavagem de dinheiro em contratos irregulares da administração municipal.


Ao todo, 23 pessoas foram presas e 37 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Fortaleza, Pacatuba, Caucaia, Horizonte e Iguatu. Um dos alvos dos mandados, inclusive, foi o próprio gestor.


Ao receber a informação sobre sua prisão, Carlomano Marques passou mal e precisou ser hospitalizado em uma unidade de saúde de Fortaleza. Nesta quinta-feira (20), a defesa do prefeito informou que ele precisou ser transferido para a UTI devido a complicações renais decorrentes de uma pneumonia.


No hospital, ele está sob escolta policial. Além da prisão, a Justiça determinou o afastamento por 180 dias do gestor e de secretários do município que também foram presos na operação.


Com o afastamento, o vice-prefeito de Pacatuba, Rafael Marques (MDB), sobrinho de Carlomano, assumiu o comando da cidade na última quarta-feira (19).

(Com informações do Diário do Nordeste).


#Artigo_Semanal_em_17_04_2023

SEIS VIATURAS NOVAS PARA A GUARDA MUNICIPAL PARA UM EFETIVO DE SÓ 60% DE GUARDAS EM RELAÇÃO AOS CONTRATADOS NO ÚNICO CONCURSO QUE HOUVE PODE NÃO DAR A DIGNA SEGURANÇA AS ESCOLAS DE MARACANAÚ QUE CONTA COM DEZENAS DE MILHARES DE ESTUDANTES

Inaceitável que uma cidade Pólo Industrial, com mais de 200 mil habitantes, de uma Região Metropolitana, que é uma das que mais arrecadam no Estado, e uma das mais violentas, não tenha um efetivo mínimo de 200 guardas, de acordo com a lei em uma cidade de 50 mil a 500 mil habitantes. Só tem pouco mais de 90, um total muito reduzido em relação ao número de contratados (as), quando houve concurso há quase duas décadas, quando houve a contratação de cerca de 150 guardas. Em Maracanaú, além desse agravante, tem o sucateamento da autarquia da Guarda Municipal que falta quase tudo de equipamentos de segurança e salários defasados. O que faz o efetivo ir reduzindo com frequência sem ninguém ser contratado (a) para evitar um déficit gigantesco no tamanho do quadro efetivo que corresponde a 45% do total minimo de 200 guardas que Maracanaú deveria ter de acordo com a lei. ENTÃO É FALÁCIA DA GESTÃO MUNICIPAL DIZER QUE A GUARDA MUNICIPAL AGORA VAI DAR MUITA SEGURANÇA AS ESCOLAS, APÓS SÓ REPÔR UMA PARTE DO DÉFICIT DA FROTA COM A COMPRA DE SEIS VIATURAS? Percebemos que sim! Estar longe do que a Prefeitura tem que fazer para proporcionar segurança nas escolas públicas municipais. Diante disso, faz-se necessário a continuidade da cobrança a Prefeitura para não injustiçar mais a Guarda Municipal e reconstruir esta autarquia, pois recursos federais para a segurança nos municípios já foram liberados. TAMBÉM REDUZINDO O NÚMERO DE GENTE DE FORA NOS CARGOS COMISSIONADOS PRINCIPALMENTE DO MÉDIO E ALTO ESCALÃO, E PEGANDO UMA PARTE DOS DOIS EMPRÉSTIMOS DA PREFEITURA, DE R $ CENTENAS DE MILHÕES, DEVE DAR PARA PROPORCIONAR A SEGURANÇA NECESSÁRIA NAS ESCOLAS? Sim! Para além da reconstrução da Guarda Municipal; contratação de psicólogos escolares; capacitação dos professores, estudantes e pais para a prevenção a violência escolar; e acompanhamento dos estudantes fora das escolas também. MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos.

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