O Jogos de Tóquio registraram participação recorde de atletas cearenses em uma edição de olimpíada. Ao todo, foram 10 representantes do Estado na competição, que terminou neste domingo (8). Nenhum deles conquistou medalhas, que não vieram por muito pouco.
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A surfista Silvana Lima e a dupla Ana Patrícia e Rebecca, do vôlei de praia, chegam perto do pódio, parando apenas na fase de quartas de final. O estado esteve representado ainda em outros cinco modalidades: handebol, natação, hipismo, triatlo, atletismo e tênis.
Confira o desempenho dos cearenses nas Olimpíadas de Tóquio:
Rebecca (vôlei de praia)

Ana Patrícia e Rebecca moram e treinam em Fortaleza. Foto: Miriam Jaske/COB
A cearense Rebecca, que faz dupla com a mineira Ana Patrícia, entrou bem cotada a brigar por medalhas nas Olimpíadas de Tóquio, pelo ciclo olímpico de bons resultados, entre etapas do circuito nacional e brasileiro. O sonho da medalha só foi interrompido nas quartas de final. A dupla, que mora e treina em Fortaleza foram derrotadas por 2 sets a 1 pelas suíças Verge-Depre/Heidrich. As outras três duplas brasileiras também não conseguiram subir ao pódio no vôlei de praia.
Luiz Altamir (natação)

Luiza Altamir é o representante do Ceará da natação em Tóquio. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA.
Cearense de coração, Luiz Altamir se classificou para os Jogos para integrar o time brasileiro que disputou o revezamento 4 x 200 metros da natação. O quarteto brasileiro, formada ainda por Fernando Scheffer, Murilo Sartori, Breno Correia, começou bem na disputa, garantindo vaga para a grande final. Mas, na prova que valia medalha, ficou longe do pódio, concluindo a prova em 8º lugar, cravando o tempo de 7min8s22, quase meio segundo acima da marca feita na eliminatória, que também rendeu a eles o oitavo lugar. Essa foi a 2ª participação de Luiz em Jogos Olímpicos, que tem 25 anos e estreou em olimpíadas na Rio-2016.
Vittoria Lopes (triatlo)

Vittoria foi a primeira brasileira a cruzar a linha de chegada. Foto: Gaspar Nóbrega/COB
A cearense Vittoria Lopes disputou a prova do triatlo feminino, realizada no Odaiba Marine Park, um dos principais pontos turísticos de Tóquio. Com o tempo de 2 horas, 3 minutos e 9 segundos, Vittoria cruzou a linha de chegada de 28º lugar, melhor colocação entre as duas brasileiras que participaram da prova, que contou também com Luisa Baptista, que fechou em 32º lugar.
Vittoria começou a prova num ritmo forte e fechou a etapa de natação em 2º lugar. A cearense seguiu bem na disputa do ciclismo, figurando entre 6º e o 7º tempo. Contudo, na transição para a última disputa, a corrida de 10km, perdeu posições e ficou distante do pelotão que brigou por medalhas. Aos 25 anos, Vittoria, que é filha da multicampeã Hedla Lopes, fez sua primeira participação em Olimpíadas.
Manoel Messias (triatlo)

Messias terminou a prova em 1 hora, 48 minutos e 11 segundos. Foto: COB/Divulgação
Único representante brasileiro na prova individual masculina do triatlo (modalidade que reúne disputas de corrida, nado e ciclismo), Manoel Messias terminou a prova 28º lugar entre 49 participantes. Ele completou o percurso 1 hora, 48 minutos e 11 segundos.
A medalha de ouro da prova do triatlo masculino ficou com o norueguês Kristian Blummenfelt,com o tempo de 1 hora, 45 minutos e 4 segundos. A prata ficou com o britânico Alex Yee. O neozelandês Wayden Wilde fechou o pódio, ficando com o bronze.
Thiago Monteiro (tênis)

Thiago Monteiro é o tenista nº 1 do Brasil no ranking da ATP
O cearense Thiago Monteiro entrou em quadra no 1º dia das disputas do tênis em Tóquio. Melhor tenista brasileiro no ranking da ATP (95º), o cearense acabou superado pelo alemão Jan-Lennard Struff (48º) por 2 sets a 0, na 1ª rodada da chave de simples. As parciais foram de 6/3 e 6/4, em 1h16 de jogo. Com o resultado, Thiago se despede da competição.
Leia também | Com melhor campanha da história, Brasil encerra a Olimpíada de Tóquio com 21 medalhas
Silvana Lima (surfe)

Silvana Lima é natural de Paracuru. Foto: Miriam Jeske/CBR
Silvana Lima também chegou a Tóquio com chances de pódio. E quase chegou lá. A atleta, que é natural de Paracuru, se despediu das Olimpíadas de Tóquio nas quartas de final do surfe feminino. Ela foi superada pela americana Carissa Moore, melhor surfista da temporada 2021 do circuito mundial.
A americana se impôs na bateria desde o início, se colocando sempre na dianteira do marcador, encaixando as melhores ondas. Ao fim da disputa, Moore somou 14.26 pontos contra 8.30 da cearense, garantindo sua vaga para as semifinais do torneio.
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Adriana Cardoso (handebol)

Adriana marcou e teve uma atuação de destaque contra a Rússia. Foto: Wander Roberto/COB
Com a cearense Adriana Cardoso, a Doce, a seleção brasileira de handebol feminino caiu no chamado “grupo da morte” e até que fez um bom início de campanha em Tóquio, largando com um empate com a Rússia e uma vitória sobre a Hungria. Depois, o Brasil acabou três sofrendo derrotas seguidas, para Espanha, Suécia e França. Com isso, acabou eliminado na 1ª dose, mas, individualmente, o desempenho de Adriana foi positivo. A atleta, que é natural de Fortaleza, foi uma das goleadoras da seleção no torneio.
Ana Cláudia Lemos (atletismo)

Natural de Jaguaretama, Ana Cláudia competiu em sua 4ª Olimpíada. Foto: Arquivo Pessoal
A velocista Ana Cláudia Lemos integrou a equipe brasileira do revezamento 4×100 feminino do atletismo, ao lado de Rosângela Santos, Vitória Rosa e Bruna Farias. Com o tempo de 43:15, o Brasil terminou a 2ª bateria classificatória na 5ª colocação, prejudicado pela transição de passagem dos bastões. Com isso, o quarteto brasileiro acabou não conseguindo a marca necessária para se classificar para a final da disputa. Após a prova, Ana Cláudia, que é natural da cidade de Jaguaretama, fez um balanço do desempenho brasileiro na prova. Ela destacou que, apesar do objetivo não ter sido alcançado, o time conseguiu fazer a melhor marca do Brasil na temporada e que o time “entregou tudo de si” na pista. Essa foi a 4ª vez que Ana Cláudia disputou uma olimpíada como atleta.
Laila Ferrer

Laila tem 39 anos e já foi para uma olimpíada: os Jogos de Londres, 2012. Foto: Reprodução/Instagram
Laila Ferrer se classificou para disputar sua 2ª olimpíada no lançamento de dardo. Na chave B, a brasileira, que tem 39 anos e é natural de Pacatuba, obteve a 10ª posição com 59,47 m e conseguiu a pontuação necessária para passar de fase. Essa foi a 2ª participação dela em Jogos Olímpicos, após ter competido em Londres, em 2012. A prova do lançamento de dardo também contou com a presença de Jucilene Lima. Com a marca de 60,14 m, ela fechou na 6ª posição do Grupo A e também foi eliminada na primeira fase.
Marlon Zanotelli, que integra a equipe brasileira de hipismo. Ele é natural de Imperatriz-MA, mas tem raízes no Ceará, já que cresceu e começou a competir no esporte em Fortaleza.
Marlon Zanotteli (hipismo)

Marlon Zanotelli representa o Ceará na prova. Foto: Júlio César Guimarães/COB
Nascido em Imperatriz-MA, Marlon Zanotelli foi criado em Fortaleza, onde começou a competir no hipismo. Depois que sua carreira decolou no esporte, partiu para morar na Bélgica, onde vive há 11 anos. Com grandes resultados no último ciclo olímpico, se credenciou para integrar a equipe brasileira, que competiu na final dos saltos por equipe. Depois de ir bem na fase classificatória, o Brasil terminou em 6º lugar na final dos saltos. Marlon competiu com seu cavalo, VDL Edgar M. Em sua participação no circuito, acumulou 12 pontos de penalidade. Os demais companheiros de equipe também não conseguiram cravar o percurso, o que afastou o Brasil na briga por medalhas.
Com informações do GCMAIS.
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