Em Maracanaú, fim das obras no Rio Maranguapinho é adiado para 2021 e moradores permanecem em locais inadequados


Viver às margens do Rio Maranguapinho ainda é realidade para 3.256 famílias cearenses, conforme a Secretaria das Cidades — Foto: Camila Lima


Viver às margens do Rio Maranguapinho, que cruza Fortaleza e três municípios da Região Metropolitana (RMF) em seus 44 km de extensão, deve continuar sendo realidade para 3.256 famílias cearenses, conforme a Secretaria das Cidades (SCidades) do Governo do Estado. Isso porque o prazo de conclusão das obras de requalificação em quatro dos oito trechos do reservatório passou de 2021 para 2022. Para viabilizar as intervenções, os moradores da região seriam realocados para um prédio residencial no Bairro José Walter, em Fortaleza. No entanto, eles reclamam da demora no processo de transferência.
A requalificação do local é tida como a maior obra de intervenção urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que abrange os municípios de Fortaleza, Maranguape, Maracanaú e Caucaia.

A revitalização completa do Maranguapinho está orçada em R$ 659 milhões, sendo R$ 385 milhões do orçamento da União - 58% do total - e mais R$ 274 milhões do Tesouro Estadual. A Secretaria das Cidades solicitou a prorrogação do prazo de conclusão das intervenções para dezembro de 2021.
Dona Marisa vive há 20 anos no Parque Genibaú e convive com esgoto à céu aberto na frente de casa — Foto: Camila Lima

“‘Dona Marisa, a senhora poderia vir aqui?’ No dia que eles resolverem ‘é tanto, pega e pronto’, tudo bem. Mas enquanto não, eu estar todo dia indo pro Cambeba (Centro administrativo do Governo do Ceará), gastando o dinheiro com a mesma história... Eu não vou aceitar isso aí”, lembra Marisa Mesquita, de 52 anos, das ligações que recebia para negociar a sua saída da comunidade. Ela disse que chegou a ter R$ 25 mil oferecidos na casa onde vive, mas não aceitou por saber que a quantia “não é suficiente” para proporcionar um novo lar.

A mulher vive há 20 anos no Parque Genibaú, em Fortaleza, e convive com esgoto à céu aberto na frente de casa e com o aparecimento de ratos, mosquitos e escorpiões. Quando vem a chuva, a sala de casa é tomada pela água que alcança a altura do sofá, como lembra. “A água não é no meio da canela não, é na cintura mesmo”. Marisa faz as contas e diz que, com R$ 50 mil, poderia comprar uma casa no mesmo bairro e aparatos para o novo lar, para onde pretende levar os dois filhos. “Eu vou ter que comprar um barraco pra mim morar. Aí não dá, eu não quero ir pra outro canto”, reforça.

Dona Marisa revela que o valor oferecido de R$ 25 mil pela casa onde vive, “não é suficiente” para proporcionar um novo lar — Foto: Camila Lima

Conforme a Secretaria das Cidades, a retirada das famílias “demanda tempo” porque depende das negociações de indenizações e pagamento dos valores. Em nota, a Pasta informou que as famílias estão sendo chamadas “conforme as obras vão avançando”, para que não possa haver uma reocupação na região.

Não é o que percebe a estudante Ariane dos Santos, 22, que vê a instalação de novas famílias sem outra alternativa de moradia. “Eles fazem promessa de tirar as pessoas das casas, mas demoram. Sai uma família e, quando eles pensam que não, mora outra família na mesma casa”, relata. Ariane retornou há seis meses à comunidade, que tinha deixado para viver em um apartamento em Maracanaú, na Região Metropolitana.

“Eu tinha ganhado até meu apartamento, mas não foi aqui. Só que tem esse negócio de facção, lá era diferente. Eu perdi meu apartamento, aí eu voltei, fiquei na casa da minha mãe de favor e vim pra cá”, lembra. Ela saiu do local porque a lama é constante e, quando chove, as águas do Maranguapinho invadem as casas da vizinhança. Hoje ela vive na parte de cima da residência da sogra e, do local, já conhece a realidade: “Aparece cobra, aparece muito bicho, e os meninos só vivem doentes”, relata.

Para Waleska Eloi, coordenadora da Pós-Graduação em Tecnologia e Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), é preciso requalificar pensando também na arborização do rio. “Muitas vezes, se requalifica esses espaços só construindo canais, com a impermeabilização total da área, sem se preocupar com o verde. Especificamente quando pensamos nos sedimentos, esse verde vai ajudar a conter os resíduo naturais”, explica.

Conforme a Secretaria das Cidades, a retirada das famílias “demanda tempo” porque depende das negociações de indenizações e pagamento dos valores.  — Foto: Camila Lima

Caso isso não ocorra, os sedimentos se depositam em determinado ponto, reduzem a profundidade do curso d’água e facilitam extravasamentos em períodos chuvosos, segundo a especialista. Waleska alerta ainda para o efeito paliativo das limpezas. “Se não forem tomadas medidas de educação, reflorestamento e contenção, vai voltar. Você vai ter que eternamente ficar fazendo dragagem”, ressalta.

Intervenções

No início de setembro, o Governo do Ceará inaugurou a margem esquerda do trecho IV da urbanização do Rio, em Maracanaú. Foi realizada pavimentação e implantados ciclovia, canteiro central, duas praças com quiosques, pistas de skate, bancos e mesas. Na ocasião, o governador Camilo Santana declarou que quer entregar a margem direita do Maranguapinho e todos os 23 km de limpeza e dragagem do manancial “até o final de 2022”.

Atualmente, ocorrem tanto a dragagem do rio entre a Avenida Fernandes Távora e a barragem do curso d’água, em Maracanaú, e a urbanização de três áreas: a margem direita dos Trechos 0 (da Av. Mister Hull à Av. da Independência), III A (entre as Avenidas General Osório de Paiva e Jardim Fluminense) e III B (entre as Avenidas Jardim Fluminense e o 4º Anel Viário), e a esquerda do III B.

A SCidades informou que tem realizado um Plano Socioambiental com programações marcadas até janeiro de 2020 em trechos já urbanizados. Ele inclui mutirões ambientais, palestras e teatro de fantoches em escolas, que visam a limpar regiões do entorno do Rio e sensibilizar os moradores para questões ambientais.

Com as informações do G1 CE



UHUU!!! PARTIU PENÚLTIMO PERÍODO DE FÉRIAS DA GRADUAÇÃO EM JORNALISMO 😃😃😃
Avançando cada vez mais na realização de um sonho. Caminhando super bem para se graduar no tempo normal. Já foram 37 disciplinas realizadas, cerca de 50 livros lidos e com uma média geral  8.9.
No semestre 2019.2 bati o recorde na média semestral alcançando 9.2. 🙂🙂🙂 FÉRIAS MAIS QUE MERECIDAS NÉ?
Só de Centro Universitário porque agora que as ARTICULAÇÕES PRA MARACANAÚ VOLTAR PRA GENTE vai super acelerar. 2020 promete... Próxima década mais ainda: Gestão Pública, Mestrado, Doutorado e muito mais. 😍😍😍 Agradecendo muito os amigos e familiares que estão na torcida. Tenha certeza que as conquistas são de todos. Pois cada vez poderei servir muito mais. #Sibora

#Artigo_de_02_12_2019
COM MAIS UM ROBERTISTA, O PREFEITO, PODENDO VIRAR RÉU POR DESMANDOS NA GESTÃO E O DECEPCIONANTE RESULTADO NO RANKING DA EDUCAÇÃO A NÃO ESTÁ ENTRE OS 13 MUNICÍPIOS CEARENSES DOS 20 MELHORES ENTRE 4.909, QUEM PODE DAR UM BASTA SE NÃO FOR A TERCEIRA VIA?

Então! pra início de conversa a Educação Municipal a mais 1/4 de um século, desde a era Costa Lima, tem um comando que só acumula baixos índices em relação ao que tem de mais tendência na Educação Pública. Com isso a juventude maracanauense não teve as oportunidades devidas de uma das cidades de maiores PIB do Estado e acabou contribuindo com a transformação de Maracanaú no lider nacional em violência. A TERCEIRA VIA PRETENDE VIRAR REFERÊNCIA NA EDUCAÇÃO em vez de gastar centenas de milhões com inchaço na Folha Salarial de milhares e milhares de amigos e parentes dos políticos, corrupção e improbidade administrativa que está prendendo integrantes da era do grupo Robertista.
SOBRE O RISCO DO PREFEITO VIRAR RÉU?
Com as mudanças do tempo só risco aumenta cada vez mais. Com frequência é visto prefeitos perdendo cargos por contratações sem concurso público, fraudes em licitações e a prática do nepotismo ao contratar os parentes indevidamente. O PREFEITO DE MARACANAÚ ESTÁ NA LISTA dos prefeitos com processos em trâmite divulgado pelo principal grupo do comunicação do Estado, no dia 26 de Novembro.
A TERCEIRA VIA PRETENDE DAR UM BASTA NA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DE QUAL JEITO?
Os desmandos que o Prefeito de Maracanaú e outros cometeram serão fortemente combatidos em Maracanaú. A partir da existência de seleções públicas, da gestão digital que evitará os maus políticos fraudarem licitações. O App da Prefeitura vai ser muito mais do que um Portal da Transparência Municipal. Vai ser a população com poder de decisão também. SÓ A TERCEIRA VIA tem as características necessárias para livrar e transformar Maracanaú.

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