Reportagem do Prefeiturável Moacir Neto com o título "Porque a incidência de dengue no Ceará continua alta?" é nota máxima no Centro Universitário Estácio




Porque a incidência de dengue no Ceará continua alta?
Só no 1º trimestre de 2019 foram mais de três mil ocorrências de dengue registradas no Ceará, sendo o 3º Estado do Nordeste com maior número. Desde 1986, período que surgiu a Dengue no Ceará foram quase um milhão de registros. Especialistas enfatizam que a falta de mais ação da população pode ser o principal fator desta crescente.
29/04/2019

Depois de 10 anos, volta a ter dengue tipo 2 no Ceará. Esta é uma grande preocupação dos órgãos públicos de saúde, devido o risco de ter epidemia até o início de 2020 (Foto: Reprodução)

             

        Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), houve a notificação de 3.409 casos de dengue no Ceará em 2019, distribuídos em 138 das 184 cidades, com uma incidência de 75%. A dengue atingiu mais a faixa etária de 20 a 29 anos. Em seguida foi o grupo que tem idade entre 30 a 39 anos. Ainda no primeiro trimestre de 2019, 16 óbitos suspeitos de Dengue Grave (DG) foram notificados: 31,2% (5) foram descartados e 68,8% (11) estão em investigação. Houve a notificação de 805 casos suspeitos de chikungunya, 86 (10,7%) foram confirmados e 219 (27,2%) descartados.

        A distribuição dos casos confirmados é entre pessoas de um a 79 anos de idade. Com uma predominância na faixa etária de 20 a 49 anos, 60,5% (52 casos). Foi no sexo feminino que houve maior registro, 48 casos, o que representam 55,8%. Não houve registro de mortes até o momento. Conforme a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), destacam-se entre as incidências médias e alta, Cascavel, Jati e Palhano, respectivamente. Já a zika, no primeiro semestre de 2019, foram registrados 58 casos suspeitos da doença. Ocorreu 15 casos suspeitos em gestantes, que correspondem a 25,8% das notificações.
        
         O Ministério de Saúde fez um alerta de prevenção ao Ceará. Segundo um levantamento do MS, quase dobrou o número de casos contraídos pelo mosquito Aedes aegypti em 2019. Com um aumento de 81,8%, em se comparando com igual período de 2018. Com isso, o Ceará foi apontado como o 3º Estado do Nordeste com maior número de casos em 2019, uma incidência de 22,4 casos de dengue a cada 100 mil habitantes, atrás apenas da Bahia (7.305) e de Pernambuco (3.418). Na capital cearense, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) foram responsáveis pela notificação de 71,2% dos casos. Em seguida foram as Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) e Hospitais Estaduais, com 9,3% e 9,2% respectivamente. Com as menores notificações, foram os Hospitais Municipais (9%), Hospitais particulares (0,5%) e outros estabelecimentos, (0,7%).

Quando surgiu
        Embora os primeiros casos de dengue no estado do Ceará tenham ocorrido em 1986, há registros da presença do mosquito Aedes aegypti desde os anos de 1851/1852. Mesmo após 30 anos, a dengue permanece como um problema grave de saúde pública com epidemias cada vez mais frequentes. No período, o Ceará confirmou quase um milhão de casos de dengue, com a circulação dos quatro sorotipos (DENV1 - 1986, DENV2 - 1994, DENV3 - 2002 e DENV4 - 2011) e registrou pelo menos 14 epidemias. A partir de 2015, o Ceará passou a apresentar um cenário diferenciado de tripla epidemia, com a cocirculação autóctone de dois outros arbovírus: Chikungunya e Zika. No período de 30 anos (1986-2016), o Ceará vivenciou várias epidemias de dengue, e, de certa forma, isto vem impulsionando a busca por respostas para o controle desta doença. Há claramente um crescimento em número de artigos publicados a cada ano, revelando a pujança dos grupos locais, que contribuiu de forma importante para a produção científica em diversos fatores relacionados à compreensão da epidemiologia e controle da dengue, segundo a revista de Saúde e Ciências Biológicas da Unichristus

Infectologista
        A presença da população não-imune, a dificuldade da sociedade em fazer seu trabalho de prevenção, e do Governo em eliminar os focos do mosquito são os principais fatores que contribuem para o aumento no número de casos, de acordo com o infectologista Anastácio Queiroz, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), vem com as grandes chuvas a maior proliferação do vetor. No momento em que o ambiente onde aqueles ovos foram depositados se enche de água, eles eclodem os mosquitos. Aí se dá uma verdadeira disseminação da doença, especialmente em pessoas que ainda não tiveram o sorotipo que está circulando. Segundo ele, os focos do mosquito no Ceará nunca foram definitivamente eliminados, voltando a aparecer poucos meses após as ações de agente de endemias. As caixas d'água, por exemplo, ainda representam um desafio para parte da população que não segue as recomendações de mantê-las tampadas. Segundo ele, também que em vários pontos da cidade, é encontrado casca de ovo, sapato velho, todo tipo de plástico largado na rua e acumulando água. Isso se repete ano a ano. Ou se modificam esses hábitos de modo definitivo para que os focos desapareçam, ou nós vamos continuar sofrendo com isso até o dia em que houver vacinas para prevenir contra todos os vírus da dengue.

Tipo 2 mais grave
        O Ceará não regista esse tipo de doença mais agressiva desde 2008. Por conta da epidemia em várias cidades brasileiras e o registro recente de dois casos no Ceará, depois da última epidemia há 10 anos, sinalizou um alerta para a volta da doença, se não houver reforço de medidas preventivas. A população fica com sequelas quando os ciclos de doenças estouram e encolhem. Existe uma alternância no predomínio dos vírus e faz com que novas populações sejam mais suscetíveis. No momento especialistas estão preocupados com o aumento dos casos da dengue tipo 2 - Denv-2. Por ser mais agressivo e o registro de muitos casos nas regiões Centro Oeste e Sudeste é uma grande ameaça para os outros estados, podendo acontecer uma possível epidemia no Ceará, durante 2019 ou no início de 2020.

        Segundo uma pesquisa em Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Ceará houve o registro de dois casos do tipo 2 da doença em 2019. A confirmação foi da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza através do boletim epidemiológico até 6 de abril.  A Secretaria Estadual da Saúde registrou outro caso. Foi na região do Vale do Jaguaribe, no município de Palhano, à cerca de 160 km da Capital cearense. Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que, no 1º trimestre de 2019, já foram detectados cerca de 500 casos do Tipo 2 (Denv-2) no Brasil.  As epidemias acontecem em Brasília, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. Na Capital cearense, durante os 10 anos que não tinha casos do tipo 2 houve o predomínio do tipo 1 e 4, segundo a Coordenadoria em Vigilância da Saúde da SMS.

        Mesmo só com dois casos confirmados oficialmente do tipo 2 há motivos para ter mais casos no Ceará. Dentre eles, a sobrecarga de exames centralizada no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Outro é um diagnóstico para a detecção da sorotipagem, pois só durante quatro a cinco dias que o vírus circula pelo sangue, diante disso requer mais rapidez no diagnóstico final. Só os sintomas não serve de base. Então se, em 2019, o Ceará for afetado por uma epidemia, isso pode se iniciar em Junho. Como já terá encerrado o período chuvoso deste ano, pode haver uma incidência de muitos casos no início do ano seguinte, segundo a Fiocruz. A Secretaria Estadual de Saúde alerta a necessidade de prestar atenção no quadro de febre entre dois a sete dias, acompanhado a dois ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça ou dores nas articulações ou musculares, náuseas, vômitos e vermelhidão na pele (exantema). Principalmente em pessoas que viajaram nas últimas duas semanas, antes de sentir os sintomas, para lugares onde tenha tido ocorrência de dengue ou tenha sido detectado a presença do Aedes aegypti. Nas crianças, das áreas citadas, que forem acometidas por um quadro febril agudo pode estarem com dengue mesmo sem a presença de outros sintomas.

        Segundo a Fiocruz, quem já pegou a dengue tipo 2 pode pegar mais uma vez. Por conta de que num espaço de tempo de uma década é o suficiente para o vírus por mutação se renovar acontecendo um acréscimo na suscetibilidade. Tempo o suficiente para os anticorpos ter uma redução na imunização. Porém, a resposta imunológica será individual. Entretanto, evitar o acúmulo de água parada que culmina com a reprodução do mosquito é a melhor forma de prevenção.

Controle de endemia
        O Carlos Barbosa, coordenador do núcleo de controle de endemia na capital cearense, informa que é no 2º trimestre do ano que há uma tendência de um aumento expressivo de casos de dengue, e a população não pode dar trégua. “É importante que a população esteja semanalmente tendo cuidado com recipiente que possa acumular água. Pra que não dê oportunidade do mosquito se reproduzir e aumentar a infestação, proporcionando o aumento de casos”, esclarece. “A gente tende a culpar o vizinho, mas geralmente, a nossa história tem mostrado que, aquelas pessoas que solicitam a gente por causa dos vizinhos, os criadouros estão dentro da sua própria casa e a história mostra também que 80% de todos os focos estão dentro do domicílio, onde as pessoas poderia ter feito uma ação”, conclui.  

Contraiu
        O estudante universitário Lucas Paiva que contraiu dengue e chikungunya diz que os sintomas são muito parecidos. “O sintoma mais forte que eu tive quando eu contraí a doença foi febre, dor de cabeça, o primeiro sintoma que tive foi uma dor na lombar, tomei um remédio, porém a febre logo voltou de novo, aí eu percebi que realmente estava doente, não tive outra opção a não ser ir para o hospital. Lá fui diagnosticado, depois de fazer um exame de sangue.” No mesmo período que ele estava doente, a mãe dele contraiu a zika. Segundo ele, sofreu muito com esta doença e depois disso teve mais cuidado, pois suspeita que foi picado dentro de casa. “Acho que provavelmente foi um foco de água parada de um gelágua lá em casa. A gente ultimamente está se preocupando mais. Tudo de água parada que tem lá é jogado fora. Inclusive recentemente a água do cachorro que a gente tem lá em casa estava cheio de larvas de mosquitos da dengue, a gente obrigatoriamente teve que jogar fora do esgoto. Pra justamente estas larvas não virarem mosquitos, pra gente não correr o risco de pegar esta doença de novo”, finaliza. 

Política Pública
        Para a socióloga e cientista política Carla Michele, a questão do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika é algo já segmentado na sociedade brasileira e não é visto uma educação da população brasileira que permita uma alteração. “A população precisa ser educada, mudar alguns hábitos, de fato a gente possa lhe dar com este problema de uma forma mais efetiva. Só em momentos de picos das doenças é que preocupa o poder público, sobretudo porque envolve gastos enormes com o sistema.” As instituições educacionais e os canais de comunicação exerce um papel muito grande. “É necessário que o poder público se utilize dos canais de comunicação que podem ser utilizado para esta mudança de hábitos, e nós estamos falando de uma mudança cultural, obviamente que isso demanda tempo e investimento e é necessário que gradativamente as pessoas sejam convencidas de que precisa lhe dar com o problema que não será erradicado se não houver uma participação efetiva”. Segundo ela, o poder público precisa atentar que as instituições, principalmente no âmbito da educação e com o uso dos canais de comunicação, é que será possível fazer com que as pessoas tenham em mente que enquanto não mudarem de atitude o problema vai persistir. “o problema vai persistir se não houver uma mudança cultural”, conclui.
Moacir Neto


MARACANAÚ NEM PARECE QUE ARRECADOU MAIS DE 5 BILHÕES NA GESTÃO DO ATUAL GRUPO POLÍTICO, DE 2005 PRA CÁ; COMO MARACANAÚ DEVERIA SER SE A CORRUPÇÃO E O INCHAÇO NA FOLHA SALARIAL DO FUNCIONALISMO PÚBLICO NÃO TIVESSE CONSUMIDO CENTENAS DE MILHÕES DE REAIS? 
Maracanaú poderia ser referência e ter uma população mais assistida nas áreas mais importantes da gestão pública municipal.
- Na área da Saúde dava para ter o auxílio da tecnologia e melhorar o atendimento consideravelmente. Ter um aplicativo que a população se livrasse 'do fura fila' e a melhoria no pré-atendimento; Ter Postos de Saúde com mais equipamentos e horário de atendimento maior. E, um grande convênio com a saúde privada para melhor atender a população. Etc.
- Na Educação era para ter Ensino Integral em quase todas as escolas. Era para Maracanaú ganhar os prêmios destinados aos municípios que se destacam na qualidade do ensino. Era para ter jovens se destacando em eventos que premia alunos mais inteligentes. Era para as escolas se destacarem no esporte e na cultura. Era para ter muitos jovens, advindo de escolas públicas, estudando e se formando nas melhores Universidades. Etc.
- Na Segurança Pública, era para Maracanaú ter as suas principais ruas monitoradas por câmeras. Era para ter uma Guarda Municipal e Autarquia Municipal muito mais equipadas com um efetivo ampliado. Tudo isso e com uma boa parceria com a Polícia, a população maracanauense sentiria uma redução considerável da insegurança. Etc.
- Na infraestrutura e saneamento básico, era para Maracanaú ter ruas mais 'cuidadas' principalmente nos menores bairros que estão abandonados. Mais Praças. Saneamento básico com as casas podendo mandar água de esgoto para uma estação. Etc.
- No esporte, era para ter uma política pública forte para a formação de atletas e a preservação da saúde através da atividade física. Com equipes e atletas se destacando no estado e nacionalmente. Com excelentes Praças Esportivas.Etc.
Entretanto por conta da gestão do Grupo Robertista que cada vez mais deixa a desejar, nesta reta final de um ciclo de 16 anos, quando um grupo político é banido nas urnas, segundo a Ciência Política. Este grupo preferiu comprar tudo que é de políticos, cabos eleitorais e seus familiares e amigos para garantir a permanência no poder cometendo corrupção que culminou com um mandato em que em cerca de 3 anos o Poder Executivo ficou incompleto porque o vice-prefeito foi afastado. Porque comandava uma quadrilha que fraudava licitações. Ainda tem muitas denúncias de desvios no Ministério Público. Ao todo, Maracanaú deixou de ter centenas de milhões de reais a mais em investimentos nos serviços públicos. Diante disso é que A TERCEIRA ALTERNATIVA se dispõe a comandar a nova era em Maracanaú a partir de 2021. PRA MARACANAÚ VOLTAR PRA GENTE, saindo das mãos de grupos que querem se perpetuarem no poder sem merecerem. Um quer voltar com a 'cara pálida' depois de uma década e meia. Achando que Maracanaú não tem algo melhor. A TERCEIRA ALTERNATIVA, premiado por realizar trabalho social no esporte e na comunicação maracanauense durante cerca de 20 anos, e a maioria da população é melhor, juntos numa gestão popular vai mostrar como se faz. SEGUIMOS ABRAÇADOS!!!

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