SAIBA! Durante a crise, manter o emprego exige habilidades; veja as sugestões de especialistas

Durante a crise, manter o emprego exige habilidades


O mercado de trabalho, diante do agravamento das crises política e econômica do País, vem declinando em grandes proporções nos últimos meses. Na semana passada, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a taxa de desemprego chegou a 8,5% em 2015, atingindo 9,087 milhões de trabalhadores. Com um cenário tão ruim, manter-se no emprego exige habilidades e atitudes estratégicas.
Conforme o coach e especialista em gestão de pessoas Marcos Antônio Menezes de França (foto) a permanência do empregado nas organizações depende diretamente do papel que desempenha e da importância que constrói. “Em tempos de crise, a sua história construída tem que ser realçada com as principais habilidades e disponibilidades além de sacrifícios que serão avaliados, diretamente, no momento de decisão para quem deve ser poupado”, ressalta. França destaca que atitudes como colaboração, resiliência, determinação, espírito de equipe, doação e, especialmente, a capacidade de acreditar que a crise cessará – e que, neste tempo, todo sacrifício vale a pena –, são essenciais.
Inserção
Muitas empresas estão exigindo experiência anterior, principalmente nessa época de crise. Para quem busca o primeiro emprego, o especialista aponta que a porta de entrada é através do estágio, “mas insistir e pedir uma oportunidade para apresentar as suas habilidades, usando de poder de convencimento para quebrar este impedimento, poderá sim criar uma oportunidade e, aí, é a hora de usar todas as potencialidades e habilidades para ser contratado”. Contudo, para os candidatos inexperientes ingressarem no mercado sem nenhuma experiência, “resta esperar uma chance para mostrar suas habilidades e conhecimentos”.
Conforma o especialista, a falta de experiência, no entanto, deve ser confrontada com a incessante busca das oportunidades em áreas distintas. “O desemprego causa muitos incômodos na vida de qualquer pessoa, no entanto, construir um novo saber em áreas distintas permitirá adaptar-se às raridades das vagas impostas pela crise, assim, é bem melhor agarrar-se ao emprego que surja e adaptar-se e aprofundar-se nas atividades da empresa, na sua história, na sua visão e na sua missão e tornar-se tão bom que seja indispensável para quem o contratou”, ponderou França.
Outra alternativa para driblar o desemprego ­– e que vem registrando expressivo crescimento – são as franquias, por exemplo, um sinal claro da tentativa de gerar renda por muitos que não conseguiram a reinserção no mercado de trabalho. Na visão do especialista, pesam a favor o fato de as franquias possuírem um estudo próprio de caso que passa por uma avaliação criteriosa antes de ser instalada, situação esta que diminui a chance de erros no investimento e isso tem servido como válvula de escape para parte dos empregados que não encontram colocação no mercado. “E estas franquias aumentam o número de empregos para aqueles que estão aptos a serem contratados ou são treinados para isso”, acrescenta.
Precarização
Por outro lado, ele chama atenção para os riscos de se buscar qualquer trabalho e não procurar aprimorar suas atividades, o que pode levar à precarização do emprego. Esse risco existe “desde que aquele que procura o emprego não tente aprender o máximo que puder e esforçar-se para, em um breve período de tempo, tornar-se um profissional adaptado aos novos desafios. Afinal, em tempo de crise resta-nos sermos resilientes”, reforça Marcos.
Como o quadro da economia que se apresenta para este ano e no próximo não é dos melhores, o especialista reforça que “cabe a todos os que estão buscando inserção no mercado de trabalho maior dedicação na sua preparação técnica como também no campo das relações interpessoais, pois através dessas relações portas podem se abrir, mas têm-se que estar preparado”.

Fonte: O Estado CE Online







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