SAIBA! Intolerância x alergia alimentares: entenda as diferenças




Intolerância x alergia alimentares: entenda as diferenças

Eliminar os alimentos alérgenos pode ser perigoso e deve ser feito com o acompanhamento de um nutricionista.

Muito se fala sobre dietas sem glúten e sem lactose e é fácil encontrar receitas na internet que prometem diminuir medidas com o corte das substâncias do cardápio diário. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é o que leva às pessoas a desenvolverem intolerâncias e alergias alimentares.
As alergias alimentares são processos relacionados ao sistema imunológico, ou seja, o corpo reconhece a proteína, por exemplo, do leite de vaca, como um agressor e produz anticorpos para “atacá-la”. Já as intolerâncias estão associadas à deficiência de uma enzima especializada na digestão.
No primeiro caso, os sintomas são tardios, podendo aparecer, por exemplo, dias depois da ingestão do alimento, e podem variar entre sintomas gástricos, coceira na pele e, em casos extremos, edema de glote. Nas intolerâncias, por outro lado, os sintomas são imediatos e, normalmente, gástricos, tal como gases, sensação de má digestão, dores de barriga e diarréia.
As intolerâncias são mais facilmente diagnosticadas. Um exame de sangue específico é capaz de detectar a limitação. O mesmo não acontece com as alergias alimentares, conforme explica a nutricionista Carla Laprovitera. “Para o diagnóstico de alergias alimentares, é muito importante cruzar com os relatos de ingestão do paciente e sintomas. Outra ferramenta para auxiliar no diagnóstico de alergias é a dieta de exclusão, que deve ser orientada por um nutricionista”, explica.
A dieta de exclusão é a recomendação inicial para pacientes que apresentam intolerância ou alergia alimentar. Além disso, Carla aponta outros cuidados para conviver bem com a limitação. “Uma alimentação bem adequada e direcionada é primordial para esses pacientes. No caso da intolerância, há a possibilidade de o paciente tomar a enzima que fará a digestão, mas não é recomendado que faça isso sempre, o mais indicado é não ingerir alimentos críticos e deixar a enzima para uso eventual”.
Para a nutricionista, toda exclusão de grupos alimentares pode ser perigosa se for feita sem o acompanhamento de um profissional especializado. “O mais importante é que o paciente consulte um profissional para ter um diagnóstico e direcionamento correto. Um plano alimentar formulado de acordo com as individualidades de cada paciente, balanceado e equilibrado é essencial para que não haja carências nem excesso de nutrientes, quando se retira um determinado grupo de alimento ou se faz alguma substituição”, conclui.
Fonte: Tribuna do Ceará 



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