FIQUE POR DENTRO! O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa de muito mais que repouso, médico e remédios. Especialistas apontam caminhos para sair da crise que deixa um número crescente de vítimas Brasil afora. A solução estaria em uma série de ações, que vão da reforma profunda do modelo ao investimento na qualificação de profissionais da área. ENTÃO EM MARACANAÚ o Blog Maracanauensenews já até informou a SOLUÇÃO É TIRAR A IRMÃ DO PREFEITO DA DIREÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL, contratar um médico renomado do estado, demitir em massa os apadrinhados políticos que não tem qualificação e ATRAVÉS DE SELETIVA PÚBLICA CONTRATAR DEZENAS E DEZENAS DE PROFISSIONAIS SUPER CAPACITADOS.

LEITOR VIA WHATSAPP 17/05/2015

As saídas que especialistas apontam para a crise na saúde no Ceará

Especialistas apresentam saídas para vencer os transtornos enfrentados pela população que sofre e padece nas filas de hospitais

O que fazer quando a saúde vai mal? Diferentemente do corpo humano, o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa de muito mais que repouso, médico e remédios. Especialistas apontam caminhos para sair da crise que deixa um número crescente de vítimas Brasil afora. A solução estaria em uma série de ações, que vão da reforma profunda do modelo ao investimento na qualificação de profissionais da área.

O médico Carlile Lavor, que deixou o cargo de secretário de Saúde na semana passada, exatamente em meio à crise, argumenta que a falta de recursos, que tantos apontam como causa da crise, é relativa. Ele, que comanda a pasta pela segunda vez, defende que o SUS, criado a partir de exemplos europeu, evoluiu de acordo com a tecnologia americana, algo fora da realidade financeira nacional.

Por isso, uma das saídas para o sistema seria achar uma fórmula própria, à brasileira, que alie o orçamento às necessidade da população. “Há países com menos recursos que o Brasil, como o Chile e a Costa Rica, que tem a saúde pública melhor que a nossa”, diz.

Segundo o ex-secretário, a chave seria investir em seis especialidades médicas básicas: clínica-geral, cirurgia-geral, obstetrícia, pediatria, anestesia e traumatologia. “Se tivéssemos essas seis áreas funcionando muito bem, com gente qualificada, evitaríamos acúmulos nos grandes hospitais”, afirma. Lavor também defende a priorização de recursos para unidades de médio e pequeno porte, onde seriam realizadas as prevenções de doenças crônicas.

O deputado federal e médico Raimundo Gomes de Matos (PSDB) apresenta uma saída no campo legislativo. Ele advoga que as responsabilidades de cada esfera do poder em relação à saúde sejam definidas por percentuais exatos. “Precisamos ter a clareza para garantir a obrigatoriedade dos investimentos do governo. Chega de prefeito culpando governador, que joga a bola para ministro”, opina.

Na visão do diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec), Raimundo Luiz Neto, os corredores lotados se esvaziariam se houvesse celeridade nas cirurgias eletivas (sem risco de morte iminente).

Ele conta que, durante a longa espera pelo procedimento, o paciente apresenta complicações e acaba no corredor. “Pacientes que precisam de cirurgia de próstata esperam tanto que terminam desenvolvendo retenção e infecção urinárias sérias e vão para o corredor”, exemplifica.

O cirurgião defende o uso de hospitais já equipados, como a Santa Casa de Misericórdia, para realizar os procedimentos. Ele também sugere o planejamento anual para epidemias sazonais, como a dengue, para evitar filas em determinadas épocas do ano.

Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Adriana Aguiar aponta para a necessidade de sincronizar melhor o treinamento dos profissionais de saúde e oferecer incentivos de carreira na rede pública. “ O diálogo entre os Ministérios da Saúde e da Educação é fundamental. Embora o SUS ordene a formação profissional em saúde, muitas atribuições essenciais são do MEC”, esclarece.

Para Adriana, o Mais Médicos foi necessário, mas precisa avançar e garantir melhor qualificação para brasileiros e estrangeiros. A pesquisadora também recomenda o foco na atenção básica através da Estratégia Saúde da Família, programa de sucesso do SUS.  

Saiba mais

A crise na saúde do Ceará, caracterizada pela falta de remédios, leitos e materiais, se agravou com a epidemia de sarampo e os surtos de dengue e viroses. Mesmo com a abertura de dois grandes hospitais no Interior, a Capital recebe grande fluxo de enfermos. O ex-secretário
Carlile Lavor afirma que a crise já vem se instalando há mais de uma década e é fruto da defasagem do SUS. 

O Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec) chegou a contabilizar 359 pacientes sendo atendidos nos corredores dos principais hospitais públicos da Capital cearense na última quinta-feira, 14. O índice foi batizado de “corredômetro”.  

CAPITAL
Imagens que chocaram os cearenses, e o País, semana passada, mostraram pacientes sendo atendidos no chão do maior hospital público de emergência do Estado.

INTERIOR
O alto investimento do governo anterior, com a construção de dois grandes hospitais regionais, em Sobral e no Cariri, não foi suficiente para evitar o agravamento da crise.  

Números

50%
Dos atendimentos feitos no IJF, em 2015, dizem respeito a pacientes vindos do Interior.

110
Médicos serão contratados pela prefeitura para suprir uma necessidade emergencial.

Fonte: O Povo Online




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