TELEFONIA OI PODE FAZER FUSÃO COM PORTUGAL TELECOM E SER BEM MAIOR, PODENDO MELHORAR SEUS SERVIÇOS

A intenção para fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, anunciada ontem, renderá um aumento de capital de, ao menos, R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira, segundo fato relevante informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desse total, R$ 7 bi entrarão em dinheiro, com objetivo de “melhorar a flexibilidade do balanço” da nova empresa, denominada CorpCo. Segundo o acordo, a união das duas teles formará uma única companhia multinacional de grande porte, com sede no Brasil.
Entretanto, não haverá alteração das marcas comerciais das operações da Oi e da Portugal Telecom, que atua naquele país europeu e na África. O termo ajustado informa que cada ação ordinária de emissão da Oi será substituída por uma ação ordinária de emissão da CorpCo e cada 1,0857 ação preferencial de emissão da Oi será substituída por uma ação ordinária da CorpCo. Com base nas informações financeiras relativas a 2012, divulgadas pelas duas empresas, a resultante da fusão apresentaria uma receita de R$ 37,5 bilhões, e fluxo de caixa operacional de R$ 4,2 bi. Assim, a dívida líquida da CorpCo alcançaria R$ 41,2 bi, em 30 de junho de 2013.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a maior parte do capital da empresa será brasileiro, e que, até o momento, não vê “nenhum tipo de problema na fusão entre elas”. Há alguns anos, o governo incentivou mudança nas regras do setor, com o objetivo de criar uma empresa nacional de grande porte, para ampliar a concorrência do mercado de telecomunicações brasileiro. “A maior parte do capital será brasileira, se somarmos as participações do Bndes, mais fundos de pensão e investidores privados”, explicou o ministro.
PARTICIPAÇÃO
Paulo Bernardo afirmou que ainda não teve tempo para analisar o fato relevante divulgado, na madrugada de ontem, pela CVM. “Vamos examinar e avaliar o que eles estão anunciando”, acrescentou. Segundo ele, “o Bndes foi consultado, bem como os fundos, sobre se queriam aumentar a participação, mas não houve interesse”. No entanto, a participação acionária brasileira aderiu à parte do acordo anterior, que previa aporte de R$ 2 bilhões para pagamento de dívidas e investimentos.
Para o ministro, a fusão será positiva. “Eles fizeram o comunicado via CVM e parece que houve coletiva de imprensa em Londres. Ontem me ligaram. Parece que a empresa tem planos de fazer uma grande capitalização e grandes investimentos. Mas precisamos ainda ver o que disseram na conferência (de imprensa, em Londres), e examinar. Vamos chamar a direção da empresa para saber melhor os planos. Acho que será positivo”, completou Bernardo.
Bernardo lembrou que a fusão entre a Portugal Telecom e a Oi/Brasil Telecom, representa a consolidação de um processo que estava sendo desenhado desde a compra de participações na Oi, pela empresa portuguesa. O acordo de intenções para fusão das operadoras foi assinado hoje. A proposta inclui no processo as holdings da operadora brasileira, constituindo uma entidade única liderada pela companhia portuguesa. “Para nós, competição é bom. Ajuda o mercado. A briga entre elas faz com que o consumidor acabe ganhando”, disse Paulo Bernardo.
Ele ainda citou possibilidade de fusão entre outras duas grandes do setor: a Vivo, do grupo espanhol Telefônica, e a TIM, ligada à Telecom Itália. “Em 2007, a Telefônica passou a fazer parte de um bloco que tem controle das ações estratégicas da Telecom Itália. Dez dias atrás, anunciaram que a Telefônica pode aumentar sua participação nesse bloco. Colocaram dinheiro para pagar a dívida, o que pode ser exercício para aumento de capital. Isso pode ser anunciado em janeiro”, finalizou o ministro.


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