REUNIÃO NESTA SEXTA A TARDE (4) PODE DEFINIR FIM DA GREVE DOS BANCÁRIOS

Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) anunciaram no início da tarde desta sexta-feira (4) que retomarão as negociações, a partir das 15h, em São Paulo, para tentar encerrar a greve da categoria em todo o país.

Usuários têm enfrentado dificuldades para realizar operações bancárias mesmo nos terminais de autoatendimento Foto: Raone Saraiva
Esse é o 16º dia de paralisação. Os grevistas reivindicam reajuste de 11,93%, piso de R$ 2.860,21, auxílios-alimentação, refeição, creche e 13º no valor de R$ 678 cada, fim da guarda de chaves de cofres de agências por bancários, além de implantação de Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCSs). A Fenaban sinalizou inicialmente com 6,1% de reajuste.

Pela manhã, os serviços de autoatendimento nas agências da Caixa Econômica Federal funcionaram normalmente, a despeito das ameaças de fechamento anunciadas pelo Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB-CE). O banco estaria, de acordo com o sindicato, com 104 das 105 agências no Estado paralisadas. A exceção é a agência de Campos Sales.

De acordo com o sindicalista Carlos Eduardo Bezerra, "os bancários daquele banco em especial decidiram radicalizar a greve em resposta à recusa do presidente da Caixa, Jorge Hereda, em receber uma comissão dos trabalhadores, o que foi considerado um desrespeito. Eles querem a saída do gestor".

Em nota, a Caixa limitou-se a informar que "todas as reivindicações estão sendo tratadas na mesa de negociação." No mesmo comunicado, o banco orienta seus usuários na Capital que procurem uma das "124 unidades lotéricas, 272 correspondentes Caixa Aqui, 55 postos de autoatendimento, 24 equipamentos da Rede 24h e terminais de autoatendimento compartilhados".
Usuário de outros bancos também enfrentam dificuldades

O número de agências sem atendimento no Ceará, quando somadas as unidades de outros bancos, chega a 401 de 507. No Brasil, o Comando Nacional dos Bancários estima em 11.406 agências paralisadas.

De acordo com o comerciante Wilson Cavalcante, "a greve é um recurso legítimo do cidadão, mas como fica à população mais pobre numa situação como essa? Os grandes empresários têm recursos para driblar esses problemas, mas e os pequenos? Para piorar ninguém nos ajuda nos caixas-eletrônicos".

Em comentário enviado pela web para o Diário do Nordeste, um internauta, que preferiu não se identificar, denunciou que além dos incômodos causados aos usuários pela paralisação, muitos terminais de autoatendimento estão apresentando problemas técnicos.

"Falar que a compensação de cheques está funcionando é muito fácil. Mas em muitos caixas de autoatendimento a função de depósito está desativada", queixou-se

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