PREFEITURA DE MARACANAÚ FOI DENUNCIADA NA JUSTIÇA POR SUPERFATURAMENTO EM PRODUTOS E SERVIÇOS, ESTA COMPROU DE UMA SÓ VEZ CERCA DE 52 MIL GARRAFÕES DE AGUA

A compra de produtos com indícios de superfaturamento e a contratação de serviços com suspeitas de irregularidades constam de uma série de denúncias formuladas ao Ministério Público Estadual contra a Prefeitura de Maracanaú e Câmara Municipal, na Região Metropolitana de Fortaleza. Em um dos processos licitatórios, realizado em abril deste ano, a atual gestão adquiriu 52 mil 386 garrafões de 20 litros de água adicionada de sais ao custo de R$ 227 mil. Outros 781 garrafões vazios também estão especificados no documento, com um valor total de R$ 14.604,70. 
As denúncias que chegaram ao conhecimento do Ministério Público não se restringem à compra de água e envolve diversos outros tipos de materiais e serviços licitados, com suspeita de sobrepreço. A gestão municipal contratou um ônibus ao custo de R$ 276 mil para circular com alunos do ensino fundamental do município. Chama a atenção a distância que o veículo contratado pode vir a percorrer - 85 mil quilômetros, equivalente a 55 viagens a Belém (PA). 
Para atender apenas um dos setores do Hospital Municipal João Elísio de Holanda, foi licitada uma empresa para o fornecimento de 9 mil quilos de pães e mais de 3 mil e quinhentos quilos de bolo destinados à alimentação de funcionários e pacientes da unidade. 
O prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça (PR), não quis comentar as acusações. A assessoria de imprensa do Município afirmou que a contratação de material e serviços não deve ser feita em sua totalidade, mas sim conforme a necessidade dos órgãos municipais. 
Câmara Municipal
A Câmara de Vereadores de Maracanaú também foi denunciada ao MPE em licitações consideradas suspeitas. A Mesa Diretora contratou a compra de 4 mil quilos de açúcar além de 6 mil garrafões de água mineral e mil de água adicionada de sais. Os vereadores reúnem-se três vezes na semana em sessões relâmpagos, que quase nunca ultrapassam 30 minutosa. 
Além disso, as denúncias apresentadas também levantam suspeita de que a empresa SUED, que venceu a licitação parao aluguel de um ônibus ao município, pertenceria ao presidente da Câmara Municipal, Carlos Alberto Gomes de Matos.


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