BANCÁRIOS DO CEARÁ ESTÃO EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Os bancários do Ceará já têm data para entrar em greve por tempo indeterminadoneste ano: 19 de setembro. A decisão foi resultado unânime da categoria na assembleia realizada na última quinta-feira (12). Mais de 200 bancários estiveram presentes, analisando a proposta da Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) e deliberando sobre a paralisação das atividades.

“A proposta dos bancos é uma provocação, um total desrespeito aos bancários. Só uma forte mobilização da categoria fará os bancos respeitarem os trabalhadores e melhorarem a proposta”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
De acordo com o Sindicato, a proposta dos bancos prevê reajuste de 6,1% sobre todas as verbas e foi rejeitada por unanimidade. “Lamentavelmente, os bancos, pelo décimo ano consecutivo, pagam para ver se a categoria bancária tem mobilização para, através da greve, avançar na contratação e renovação de direitos. Portanto, o momento agora é de união, de mostrar a força da nossa mobilização e garantir mais conquistas econômicas e sociais”, disse.
Ainda segundo o Sindicato, as reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, metas abusivas, assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades também foram ignoradas pelos bancos, “mesmo sendo o setor que mais bate recordes de lucratividade”.
Confira as reivindicações:
Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

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