SER EMPREENDEDOR É A PROFISSÃO DO SÉCULO XXI, APOSTA MAX GEHRINGER, ESPECIALISTA EM GESTÃO DE CARREIRAS

Muito se comenta, se palpita e se especula acerca das carreiras em ascensão. Mas uma constatação anima quem está planejando ter a própria empresa: empreendedor é a profissão do século XXI. Quem atesta é o consultor Max Gehringer, especialista em carreira profissional e gestão empresarial, que esteve recentemente em Fortaleza e conversou com O POVO. Para Max, “todo mundo tem uma boa ideia”. Basta escolher um assunto que domine bem, no qual se sinta à vontade e se aprimorar com cursos. Mas lembre-se: escolha um ramo de negócio de que você goste. 
Ele lembra que este é o momento ideal para quem quer ser o próprio chefe. “2014 vai ser um ano maravilhoso. É ano de eleição, é ano de Copa do Mundo. Muitas oportunidades vão surgir”, lembra Max, que sugere aos empreendedores aproveitarem as chances de negócio. O consultor indica aos iniciantes procurarem cursos de empreendedorismo para se aprimorarem e sugere a lista de cursos e consultores do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Considere, de coração, fazer um curso e ser empresário”, recomenda.


Max Gehringer lembra que o importante é escolher um trabalho em que você se sinta bem. E há uma diferença entre sucesso e felicidade. “O sucesso pode ser medido materialmente. A felicidade, não. O sucesso é algo que nós, em algum momento da nossa vida, decidimos: ‘Se eu chegar aqui, que maravilha que vai ser’. Não existe uma comparação direta. As pessoas que são de bem com a vida são as pessoas que conseguiram ultrapassar as expectativas que todo mundo tinha em relação a elas e elas mesmas tinham em relação a si próprias. Elas aproveitaram as oportunidades.”


É o caso, por exemplo, de alguém que queria ter uma bicicleta e comprou uma moto. Ou que queria uma moto e conseguiu comprar um carro usado, cita. Eles colocaram uma meta e, mesmo inconscientemente, ultrapassaram.


O ritmo de trabalho que temos levado não é saudável, observa o consultor. “Nós estamos trabalhando sete dias por semana. E isso é horrível. A gente devia trabalhar uns três dias por semana, quando muito. No resto, a gente devia ler, curtir a família, curtir a vida. Se o trabalho é a finalidade na minha vida, eu não estou valorizando muito a minha vida. Tem muita coisa além disso”, pontua.


O interessante, portanto, é saber aliar qualidade de vida com carreira profissional. É ter um excelente currículo acadêmico e experiência profissional, mas saber cuidar de si. E ele cita um comentário que ouviu há alguns anos e que usa para exemplificar o que é se sentir bem no trabalho.


“Uma vez, escutei uma definição de uma pessoa que foi homenageado por estar há 10 anos na empresa. ‘Max, quando eu estava nesta empresa fazia 10 dias, parecia que eu estava há 10 anos. E agora que eu estou completando 10 anos, parece que só faz 10 dias’. Eu falei: ‘Tem gente que a vida inteira não consegue escrever, depois de 50 livros, o que você colocou em uma frase’.”


Para Max, é isto o que estampa o bem-estar em uma empresa: a nossa percepção de que o tempo está passando devagar ou depressa quando nós trabalhamos. Isso é diretamente proporcional à felicidade, a alegria que nós temos de trabalhar ali.

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