INFLAÇÃO MESMO TENDO AUMENTADO ULTIMAMENTE, NÃO É PREOCUPANTE


Com a inflação no teto da meta - nos últimos 12 meses findos em maio, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) alcançou 6,5% -, o temor de que o maior legado do Plano Real ficasse comprometido chegou a ser cogitado, embora a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tenham declarado que o governo detém o controle e que a inflação não é um problema.

Temor de que o controle da inflação, que antes corroia o salário do trabalhador, ficasse comprometido chegou a ser cogitado FOTO: AGÊNCIA REUTERS

O fato é que nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), os juros básicos da economia, a Taxa Selic, voltaram a subir, interrompendo o ciclo de queda iniciado em agosto de 2011, com o intuito de estimular a atividade econômica. Para alguns analistas de mercado, tal elevação reflete a preocupação do Banco Central (BC) com a pressão dos preços.

Ameaças à parte, em apenas quatro anos desde que foi adotado o regime de metas de inflação no Brasil, o IPCA ultrapassou o limite estabelecido (2001, 2002, 2003 e 2004). Tal histórico deixa otimista o presidente do Instituto Brasileiro de Finanças no Ceará (Ibef-CE), Delano Macedo, que descarta a possibilidade de um descontrole justo agora.

"Qualquer que seja o partido que esteja no governo, este sabe que se a inflação desgarrar, se o controle for perdido, ele perderá a chance de eleição nos próximos pleitos. Não imagino a possibilidade de o governo deixar de atuar nessa direção, e perder o que foi conquistado. Entretanto, quais medidas tomar é complicado de acertar, porque se fosse fácil assim, tenho certeza que já estaria feito", argumenta.

Exterior interfere pouco
Ainda na avaliação de Delano Macedo, ao contrário do que muita gente pensa, esse controle depende muito pouco do cenário internacional.

"Dependerá muito mais de uma política estruturada pelo governo para o País. Na verdade, o fator externo só ajuda no controle da inflação, pois se lá fora eles comprarem menos produtos brasileiros, aumentará aqui a oferta contribuindo assim para uma queda nos preços", analisa o presidente do Ibef-CE. (ADJ)


Consumo incluiu mais pessoas
Ao lado do controle da inflação, outra conquista celebrada pelos governos graças ao Plano Real foi a inclusão de milhares de pessoas no mercado de consumo. A princípio, foram os alimentos - frango e iogurte chegaram a ser apontados como símbolos do real. Hoje, são eletroeletrônicos e veículos, por conta da facilidade na aquisição do crédito.

Com as facilidades de aquisição do crédito, a população passou a comprar mais veículos, eletroeletrônicos e mais recentemente imóveis

Mas não parou por aí. O mercado imobiliário também aqueceu, o que puxou a demanda, além dos imóveis, por material de construção, móveis e artigos de decoração, bens que passaram a ser adquiridos pelas camadas populares, o que acabou representando conquistas da estabilidade econômica e do aumento do salário mínimo.

Serviços
E não foram apenas os bens materiais que se destacaram no consumo. A procura por educação também. Tudo em função da necessidade de ter uma melhor colocação no mercado e aumentar sua renda. Segundo os especialistas, nos últimos anos o número de alunos universitários do segmento de baixa renda nas instituições privadas aumentou.

Serviços relacionados à saúde, à beleza e ao bem-estar foram outros que encontraram seu lugar diante desse novo consumidores. (ADJ)   



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