GENTE QUE FEZ ALGO PRÁ REDUZIR O PESO, FALA DA ALEGRIA QUE AGORA TEM, DEPOIS DE TER PERDIDO 40% DO PESO


Quem perdeu quase 40% do peso em nome da qualidade de vida e da saúde fala da revolução na rotina, dos deslizes por vezes cometidos e das alegrias de realizar o que o excesso mórbido de gordura a impedia de fazer

Se você já não souber como seja, imagine tentar atravessar a catraca de um ônibus, ali empacar, ver passar pela janela o destino planejado e só conseguir sair no terminal, quando um técnico vier “salvá-lo”. Imagine não conseguir dobrar as pernas por causa da gordura entre elas. Ou sequer sair de casa por não querer passar pelo constrangimento de ter o mundo julgando o corpo pesado que você carrega.

Além das limitações e dos julgamentos sociais, conviver com a obesidade é também conviver com graves problemas de saúde. Quem tem obesidade mórbida (peso, em média, 40% acima do ideal) está sujeito a mais de 60 doenças associadas ao excesso de peso. “A obesidade compromete os sistemas endócrino, metabólico, cardiovascular, respiratório, digestivo e osteoarticular”, lista o chefe do Núcleo do Obeso do Ceará, o cirurgião do aparelho digestivo Luiz Moura.

Assim, além da avalanche de comida, vem a tsunami de medicamentos. A obesidade diminui em 20 anos a expectativa de vida. É uma doença grave que atinge 840 milhões de pessoas no mundo ou 12% da população do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro dado é ainda mais chocante: por ano, causa 2,8 milhões de mortes.

No Brasil, de acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Nesse cenário, Fortaleza ocupa a posição de 4ª capital do País com maior número de obesos: 18,4% da população, acima da média nacional. São 460 mil fortalezenses obesos, ou seja, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30, quando o ideal é ter de 18,6 a 24,9. Motivado por esses dados, o Ministério da Saúde lançou, no mês passado, uma portaria que cria a Linha de Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS).

A ideia não é só cuidar de quem tem excesso de peso, mas evitar a obesidade, doença que precisa do total acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de especialidades médicas, nutricionais e psicológicas quando se quer acabar de vez com ela. Uma doença que precisa de um esforço dobrado do paciente.

O Ciência & Saúde conta hoje a história de superação diária de três ex-gordinhos, que passaram por cirurgia de redução de estômago (bariátrica). Este tem sido o destino cada vez mais frequente de obesos mórbidos, mas se engana que essa seja uma decisão fácil. Decidir pela cirurgia, para eles, foi decidir mudar de vida, para sempre...

Números

12% da população do Planeta sofre com a obesidade, de acordo com dados da Organização Mundial de saúde (OMS). Outro dado é ainda mais chocante: por ano, essa grave doença causa
2,8 milhões de mortes.

18,4% da população de Fortaleza está obesa. São 460 mil fortalezenses obesos, ou seja, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30, quando o ideal é ter de 18,6 a 24,9. Esse cenário deixa a capital cearense na 4ª posição no País. 

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