EMPRESÁRIA NO RAMO DE CONFECÇÃO COMEÇOU EM UMA GARAGEM, VENCEU E HOJE CHEGA A GANHAR ATÉ R$ 300 MIL MENSALMENTE

Elane Cabral - Proprietária de Roupas infantis Dengo

Apostar apenas no feeling pode significar muitos problemas para quem é dono de um negócio

A intuição é importante para qualquer empreendedor, mas certamente apostar apenas no feeling pode significar muitos problemas para quem pensa em iniciar ou já administra um pequeno negócio no Brasil. Eliane Lorente Cabral, proprietária da loja de roupas infantis Dengo, começou com uma confecção de garagem. Cerca de um ano depois da abertura da primeira loja, em 2004, a fábrica mudou-se para o Brás, região central de São Paulo. A proposta era fabricar peças para marcas de surfe, mas a empreendedora percebeu que o foco do seu negócio estava mesmo no público infantil. Por isso, ela voltou sua atenção para o segmento com a abertura de uma nova loja, em 2012.

Eliane tem seu marido como sócio e diz que sempre seguiu seu instinto. “Minha estratégia é trabalhar com lojas de rua, para atender principalmente pessoas das classes C e D”, afirma a empreendedora. “Eu gosto de loja movimentada, mais ‘povão’, por isso não investi em shopping, que tem mais cara de butique”, justifica Eliane.
Os pontos comerciais funcionam nos bairros de Santana e Cachoeirinha, ambos localizados na zona norte de São Paulo. No total, a empresária tem 10 funcionários diretos – que trabalham no comércio e na confecção – e 15 indiretos, trabalhadores das oficinas que auxiliam na produção vez ou outra. A empresa fatura de R$ 280 mil a R$ 300 mil por mês. O negócio vai bem e Eliane afirma que se achar um novo ponto poderá abrir mais uma unidade no próximo ano.
Mas esse sucesso todo também se deve, segundo a empreendedora, ao fato de que ela está sempre por perto. “Eu mesmo faço o treinamento para todas as vendedoras, para que elas atuem de forma alinhada, do jeito que eu gosto, mesmo quando eu não estou presente”, afirma. “Além disso, costumo motivá-las, sempre ofereço comissões”, acrescenta. Eliane costuma trabalha com profissionais de 30 a 45 anos. “Nessa faixa, elas (funcionárias) geralmente se saem melhor no atendimento aos clientes em lojas de bairro, como são as minhas”, explica.

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