Estratégia da Defesa indica a confissão
Após tentar, sem sucesso, adiar o julgamento do goleiro Bruno, advogados dão a entender que réu vai assumir crime
O primeiro dia de julgamento do goleiro Bruno Fernandes foi marcado por
manobras da defesa, que, mais uma vez tentou, sem sucesso, adiar o júri
do jogador, no Fórum de Contagem, na região metropolitana da capital. Os
advogados alegaram que ainda existem recursos a serem julgados no
Tribunal de Justiça (TJMG), como o habeas corpus de Bruno. A juíza
Marixa Fabiane Rodrigues não acatou o pedido. Diante da recusa, a defesa
do goleiro partiu para o tudo ou nada e dispensou todas as testemunhas a
favor do jogador, apostando suas fichas no debate com a acusação. Para
especialistas, a estratégia pode indicar uma possível confissão do
goleiro.
A expectativa é que o veredito do jogador e da sua ex-mulher Dayanne Souza, acusados de participação na morte de Eliza Samudio, saia hoje - já que restaram apenas quatro testemunhas que foram ouvidas ontem, três da promotoria e uma de Dayanne. A previsão anterior era até sexta-feira.
Logo na abertura da sessão, o defensor de Bruno, Lúcio Adolfo Silva, alegou que o TJMG analisa outro recurso, que questiona a autoridade da juíza para pedir a emissão da certidão de óbito de Eliza. Para a magistrada, os pedidos não justificavam o adiamento do júri. Ela negou a retirada do atestado de óbito do processo.
Silva dispensou as três testemunhas de defesa; outras duas convocadas não compareceram. "Elas não trarão nada de novo. Minha estratégia é vencer no debate com o promotor. É ele que tem que provar que o meu cliente é culpado", disse Silva. O advogado de Dayanne, Francisco Simim, também descartou três pessoas que seriam ouvidas, mantendo uma.
Para o criminalista Marco Meirelles, a decisão indica uma possível confissão por parte de Bruno. "Os advogados devem ter chegado à conclusão de que Bruno já está condenado e devem tentar reduzir a pena", afirmou. O mestre em processo penal Denis Alabarse também acredita que o jogador possa contar a verdade sobre o crime. "Ele viu que não tem mais chances de absolvição. Mesmo que o executor mude, ele continuará sendo o mandante. A certidão de óbito de Eliza jogou por terra a estratégia da defesa", avalia. Outra hipótese cogitada é que o jogador coloque a culpa em Luis Henrique Romão, o Macarrão, que foi condenado em novembro pelo crime.
Antes mesmo do início dos trabalhos, o assistente da acusação, José Arteiro, afirmava que tentaria articular um acordo entre a promotoria e a defesa. "Acho possível para atenuar a pena do Bruno", disse.
A expectativa é que o veredito do jogador e da sua ex-mulher Dayanne Souza, acusados de participação na morte de Eliza Samudio, saia hoje - já que restaram apenas quatro testemunhas que foram ouvidas ontem, três da promotoria e uma de Dayanne. A previsão anterior era até sexta-feira.
Logo na abertura da sessão, o defensor de Bruno, Lúcio Adolfo Silva, alegou que o TJMG analisa outro recurso, que questiona a autoridade da juíza para pedir a emissão da certidão de óbito de Eliza. Para a magistrada, os pedidos não justificavam o adiamento do júri. Ela negou a retirada do atestado de óbito do processo.
Silva dispensou as três testemunhas de defesa; outras duas convocadas não compareceram. "Elas não trarão nada de novo. Minha estratégia é vencer no debate com o promotor. É ele que tem que provar que o meu cliente é culpado", disse Silva. O advogado de Dayanne, Francisco Simim, também descartou três pessoas que seriam ouvidas, mantendo uma.
Para o criminalista Marco Meirelles, a decisão indica uma possível confissão por parte de Bruno. "Os advogados devem ter chegado à conclusão de que Bruno já está condenado e devem tentar reduzir a pena", afirmou. O mestre em processo penal Denis Alabarse também acredita que o jogador possa contar a verdade sobre o crime. "Ele viu que não tem mais chances de absolvição. Mesmo que o executor mude, ele continuará sendo o mandante. A certidão de óbito de Eliza jogou por terra a estratégia da defesa", avalia. Outra hipótese cogitada é que o jogador coloque a culpa em Luis Henrique Romão, o Macarrão, que foi condenado em novembro pelo crime.
Antes mesmo do início dos trabalhos, o assistente da acusação, José Arteiro, afirmava que tentaria articular um acordo entre a promotoria e a defesa. "Acho possível para atenuar a pena do Bruno", disse.
Júri tem 5 mulheres e duas homens
O
destino do jogador Bruno e da sua ex-mulher Dayanne Souza será decidido
por cinco mulheres e dois homens. Os jurados foram sorteados entre um
grupo de 25 pessoas. O júri predominantemente feminino, segundo
especialistas, pode complicar a situação do goleiro. "Apesar de os
jurados serem imparciais, o sexo pode influenciar, já que estamos
tratando de um processo em que uma mulher foi morta pelo ex-namorado",
disse o criminalista Denis Alabarse. Já o defensor do goleiro Lúcio
Adolfo Silva disse que não subestima a inteligência feminina. "Não é por
ser mulher, que a jurada irá condenar o Bruno", afirmou. Os jurados ficarão incomunicáveis até a divulgação da sentença. Os advogados e a promotoria podiam dispensar até três jurados na formação do conselho de sentença. A defesa de Bruno descartou cinco mulheres. O promotor Henry Wagner Vasconcelos dispensou dois homens.
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