MENINA É CRUELMENTE ASSASSINADA: DEPOIS DE 9 DIAS SUMIDA, FOI ENCONTRADA ENTERRADA E COM PARTE DE UMA PERNA ARRANCADA

O corpo de uma menina de 10 anos, que estava desaparecida havia nove dias, foi encontrado, anteontem, enterrado em uma cova rasa, em um brejo, próximo à casa onde ela morava com a família, na zona rural de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Segundo a Polícia Civil, Taylane Batista Dias estava com as roupas rasgadas e sem as peças íntimas. Ela ainda teve parte de uma das pernas arrancada. O padrasto dela chegou a ser preso, logo após a localização do corpo da enteada, mas prestou depoimento e foi liberado.

O lugar exato onde a estudante havia sido deixada foi descoberto por moradores da região, depois que urubus começaram a rodear o brejo, que fica a 500 metros da casa de Taylane. Um vaqueiro que trabalha em uma propriedade rural percebeu as aves sobrevoando a margem do córrego e foi até o local verificar se algum bezerro havia morrido. Ele encontrou um monte de terra mexida e, ao se aproximar, confirmou que era um corpo já em estado de decomposição.

"O vaqueiro veio aqui e nos avisou que tinha um corpo no brejo. Nós logo imaginamos que podia ser a menina que estava sumida havia mais de uma semana e que morava bem perto daqui", contou o produtor rural Manoel Rodrigues, de 78 anos, que é tio do padrasto da menina.

O desaparecimento de Taylane aconteceu na manhã de 9 de fevereiro e foi denunciado no final da tarde daquele dia, depois que a mãe dela, Diana Batista, e o padrasto, Vagner Rodrigues, teriam percebido que a criança não estava na casa de vizinhos, como eles acreditavam.

Na época, o casal procurou a imprensa local para pedir ajuda para encontrar a estudante. O padrasto contou que estava sozinho em casa com a menina, quando recebeu a visita de um amigo. Ele teria deixado Taylane lavando vasilhas na cozinha e foi para a parte de trás do quintal. Porém, segundo Vagner Rodrigues, quando ele retornou, a garota havia sumido.

O caso gerou uma grande comoção em Teófilo Otoni. Durante toda a semana, as buscas por Taylane mobilizaram parentes, vizinhos, colegas de escola, e policiais. "Toda a vizinhança ficou assustada. Muita gente ainda esperava encontrá-la com vida. As pessoas achavam que ela tinha sido sequestrada", ressaltou Manoel Rodrigues.

Suspeita

Após a descoberta do corpo, o padrasto da menina foi algemado e acompanhou os policiais civis até a cena do crime. Mesmo assim, ele negou que tenha matado a enteada e se mostrou surpreso com a prisão. Vagner Rodrigues foi levado para a delegacia, ouvido e, depois, liberado por falta de provas.
Estupro ou ritual macabro?
O corpo de Taylane Batista Dias estava em avançado estado de decomposição e foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetido a um exame de necropsia para verificar se ela foi vítima de violência sexual. "Agora, o momento é de investigar as circunstâncias do fato. Vamos aguardar o resultado dos exames para confirmar a motivação do crime", destacou o delegado regional Alberto Tadeu Cardoso de Oliveira.

O delegado disse que o padrasto não chegou a ser autuado pelo assassinato porque, por enquanto, não existem provas concretas que indiquem a autoria do homicídio. "Ele foi conduzido para prestar esclarecimentos. Não encontramos motivos para mantê-lo preso", informou.

No dia anterior, o delegado responsável pelo caso, Aurimar Rodrigues, explicou que os depoimentos sobre a morte de Taylane tinham contradições, e que a mãe dela chegou a declarar que temia que seu companheiro violentasse a menina, uma vez que ele ficava alterado quando ingeria bebida alcoólica.

Outras linhas de investigação também não foram descartadas pela polícia. Para alguns moradores da zona rural de Teófilo Otoni, o fato de a menina ter tido parte de uma das pernas arrancada pelo assassino, por exemplo, sugere que ela tenha sido vítima de um ritual.

Comentários